Casos de dengue do tipo 3 crescem 9% no Paraná

Casos de dengue do tipo 3 crescem 9% no Paraná

Os casos de dengue do sorotipo 3 cresceram 9,3% no Paraná, segundo o Ministério da Saúde. O cenário acende um alerta, já que os sintomas são os mesmos de outros tipos, mas a infecção pode ser mais grave.

Antes de 2024, a última vez que o DENV3 tinha sido detectado no território paranaense foi em 2016. A dengue possui quatro tipos e a infecção por um deles gera imunidade contra o mesmo sorotipo. Segundo a Fiocruz, é possível contrair a doença novamente se houver contato com um tipo diferente.

A coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde do Paraná, Ivana Belmonte, detalha que a distinção entre os vírus é importante para o monitoramento epidemiológico.

Apenas na primeira semana de 2025, em todo o Brasil, foram notificados mais de 10 mil registros de dengue. Dez óbitos estão em investigação. Desde 28 de julho, início do atual período epidemiológico no Paraná, foram processadas 6.121 amostras para vigilância laboratorial da circulação viral dos quatros sorotipos de dengue.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explica que a preocupação do retorno do sorotipo 3 da dengue aumenta quando aliado as alterações climáticas.

Os cuidados para evitar a doença são os mesmos para os quatro sorotipos, como a eliminação de recipientes que acumulem água, uso de repelentes, vedação dos reservatórios e caixas de água e desobstrução de calhas, lajes e ralos.

No Brasil, são considerados endêmicos os tipos 1 e 2 da dengue, mas no ano passado, os quatro tipos de vírus foram identificados.

Reportagem: Mirian Villa

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