Após novos ataques em Gaza, Hamas acusa Israel de tentar impedir acordo

O Hamas acusou Israel de realizar “massacres horrendos” em Gaza para “dificultar” o acordo de cessar-fogo no enclave, que foi anunciado na quarta-feira (15) e deve entrar em vigor no domingo (19). Para o grupo, Israel iniciou uma “intensificação deliberada” das agressões após o anúncio.

Pelo menos 116 pessoas foram mortas — incluindo 30 crianças e 32 mulheres — desde que o acordo foi anunciado, segundo Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza. Outras 264 pessoas também ficaram feridas.

Israel está “cometendo deliberadamente esses massacres para impedir o acordo de cessar-fogo“, declarou o Hamas nesta sexta (17), pedindo aos mediadores que pressionem Israel “para acabar com os massacres”.

As forças israelenses lançaram bombardeios intensos no centro e norte de Gaza nos últimos dias. O Exército de Israel disse na quinta-feira (16) que “realizou ataques contra aproximadamente 50 alvos terroristas na Faixa de Gaza”.

A última quinta-feira (16) marcou também o maior número diário de mortes em Gaza em 11 dias.

O Gabinete de Segurança de Israel aprovou nesta sexta-feira (17) o acordo de cessar-fogo e reféns em Gaza, de acordo com o Gabinete do primeiro-ministro. O Gabinete israelense completo, de 33 membros, ainda precisa aprovar o acordo. A aprovação geral deve acontecer ainda nesta sexta (17).

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

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