Mercado brasileiro emplaca 1.875.903 motocicletas em 2024 – Lógica circular

Com as 1.875.903 motocicletas emplacadas em 2024, o mercado brasileiro de duas rodas teve um crescimento de 18,61% em relação às 1.581.521 unidades do ano anterior. Líder de vendas de motos no Brasil desde 1977, a Honda celebra o desempenho positivo em 2024 e registra um aumento de 12% nos emplacamentos, com as 1.287.197 de motocicletas emplacadas de janeiro a dezembro. É o melhor resultado de vendas da Honda em doze anos – o recorde da marca no Brasil continua sendo em 2012, com mais de 1,3 milhão de emplacamentos. Como em 2024 a marca japonesa cresceu menos que o mercado brasileiro, viu seu “market share” cair para 68,62%. É ainda um predomínio impressionante, porém, desde 1988, a participação de mercado da Honda em motocicletas não ficava abaixo dos 70% – chegou a atingir o pico de 92,2% de “share” em 2000 e, ao longo da década passada, beirava os 80%. Já em 2023, a marca teve uma participação de 72,4% no mercado nacional. A queda progressiva da participação da Honda se dá por conta do crescimento local de novos “players” globais, como as gigantes indianas Bajaj e Royal Enfield, e da expansão de marcas que importam produtos da China e da Índia e montam em CKD no Brasil com preços bastante competitivos, como a Shineray, a Mottu e a Avelloz.

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            Depois da Honda, com seus 1.287.197 de emplacamentos e 68,62% de “share” em 2024, surge a também japonesa Yamaha, com 333.146 vendas e 17,76% de participação. Na sequência de marcas de motocicletas mais vendidas, estão quatro empresas que montam no Brasil, em CKD, modelos fabricados na Ásia: Shineray (76.961 e 4,10%), Mottu (52.769 e 2,81%), Haojue (18.549 e 0,99%) e Avelloz (18.121 e 0,97%). Depois, quatro grandes marcas globais que já têm fábricas na Zona Franca de Manaus: a indiana Royal Enfield (17.253 e 0,92%), a alemã BMW (15.085 e 0,80%), a inglesa Triumph (12.209 e 0,65%) e, em décimo, a indiana Bajaj (11.087 e 0,59%).

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            O crescimento nos emplacamentos de motocicletas no Brasil está ligado à busca de soluções de mobilidade eficiente nas grandes metrópoles e ao uso da moto como fonte de renda. Não por acaso, em 2024, os três subsegmentos que dominaram mais de 95% das vendas são dominados por modelos de baixas cilindradas: as city, com 744.992 emplacamentos e 42,20% de participação, seguidas pelas scooter/CUB, 665.875 vendas e 33,97%, e pelas trail/fun, com 359.719 emplacamentos e 19,09%. A líder nacional continua sendo a CG 160, com 428.126 unidades vendidas, ou seja, mais de um terço do total de vendas da marca no ano – a moto city da Honda é também o veículo automotivo mais vendido em todo mercado nacional, superando com ampla margem as 144.678 unidades da picape Fiat Strada. Em segundo lugar nos emplacamentos, a scooter Honda Biz registrou 278.350 unidades durante o período, resultado que garantiu um recorde anual histórico do modelo desde seu lançamento, em 1998. A terceira moto mais vendida do Brasil em 2024 foi outra scooter da Honda, a Pop 110i, com 169.940 emplacamentos, enquanto a quarta posição foi para a líder do segmento de trail, a Honda NXR 160, com 155.055 vendas. Em quinto lugar, vem a segunda moto do segmento city mais vendida do país, a Honda CB 300F, com 60.197 unidades, seguida pela scooter Honda PCX 160, com 55.067. Em sétimo e oitavo lugares no ranking, surgem duas city, as primeiras da lista que não são da Honda: a Mottu Sport 110I – na verdade, um modelo da marca indiana TVS montado em CKD no Brasil –, com 52.761 emplacamentos, à frente da Yamaha YBR 150, com 50.325 vendas. E o “top ten” de motos no Brasil é fechado por duas outras Yamaha: a trail XTZ 250, com 46.690 vendas, e a city Fazer 250, com 46.407 emplacamentos.

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            Se as city, as scooter/CUB e as trail/fun são responsáveis por 95,3% das vendas de motocicletas no Brasil, é nos 4,7% restantes que se concentram os modelos mais potentes e com maior valor agregado, divididos pelos segmentos naked/roadster, maxtrail, custom, sport e touring. Nas naked/roadster, a liderança anual ficou com a Yamaha MT03, com 11.046 emplacamentos. Entre as maxtrail, a Honda dominou com a CB 500X, com 5.033 unidades no ano. Nas custom, a liderança foi da Royal Enfield Hunter 350, com 5.686 comercializações. No badalado segmento de motos sport, a Yamaha chegou na frente com a YZF R15, com 6.721 unidades, enquanto nas estradeiras do segmento touring, a norte-americana Harley Davidson fez valer sua tradição e liderou com a FLHX Street Glide, com 222 unidades vendidas em 2024.

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Por Edmundo Dantas/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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