Exército de Israel prepara retirada gradual de Gaza, diz oficial israelense

As Forças de Defesa de Israel estão se preparando para uma retirada gradual de algumas áreas de Gaza devido ao cessar-fogo e ao acordo de reféns que deve entrar em vigor neste domingo (19), disse um oficial militar sênior.

“Ajustaremos nossa implantação e nossa retirada gradual de locais e rotas específicas de dentro de Gaza, conforme o acordo e os escalões políticos diretamente”, disse o oficial neste sábado (18).

O militar disse que a 162ª Divisão do exército israelense estava atualmente no norte de Gaza e a 143ª Divisão estava no sul, mas não afirmou como elas seriam afetadas.

A 99ª Divisão no Corredor Netzarim — uma zona-tampão importante estabelecida pelas forças de Israel que corta a Faixa de Gaza — “estaria se movendo gradualmente conforme o acordo avança”, disse o oficial.

O oficial também repetiu os avisos israelenses aos moradores para não se aproximarem das áreas onde as tropas israelenses estão estacionadas, observando que seu paradeiro “obviamente mudará” conforme as tropas se retiram.

Questionado sobre os detalhes das retiradas em fases, o oficial disse que as forças estavam “planejando nos últimos dias e semanas”, mas que o “escalão político” decidiria em última instância.

Cessar-fogo e soltura de reféns: Acordo entre Israel e Hamas entra em vigor neste domingo | AGORA

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

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