Bolo envenenado: arsênio foi identificado em marido e filho de suspeita

A perícia identificou arsênio na urina do marido e do filho de Deise Moura dos Anjos, suspeita por triplo homicídio no caso do bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul.

Diego Silva dos Anjos e a criança fizeram o exame na última terça-feira (14). O material colhido dos dois testou positivo para a substância, conforme apuração da CNN.

As amostras foram coletadas no Posto Médico Legal de Osório (RS) e encaminhadas para análise no Instituto-Geral de Perícias (IGP). A CNN ainda apurou que a sogra de Deise, Zeli Teresina Silva dos Santos, passou pelo mesmo exame, no qual também foi identificado a presença do arsênio. 

A polícia ainda busca esclarecer quando a substância foi digerida pelo marido e pelo filho da suspeita, principalmente se foi antes ou depois da morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, morto em setembro de 2024.

Deise está presa temporariamente desde o dia 5 de janeiro por triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio. Ela é suspeita de ter envenenado um bolo com arsênio, que matou três mulheres e deixou outras duas pessoas internadas, incluindo sua sogra, Zeli dos Anjos, na véspera de Natal de 2024.

Sobre o caso

A investigação, nomeada “Operação Acqua Toffana”, aponta que Deise teria um histórico de desavenças familiares e que a sogra seria seu principal alvo.

A polícia já confirmou que o sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, também foi morto por envenenamento por arsênio, três meses antes do incidente com o bolo. O veneno foi encontrado em amostras de leite em pó.

Após a confirmação da morte de Paulo Luiz por envenenamento, a polícia passou a investigar se Deise cometeu outros crimes semelhantes.

Entenda como ela manipulou família para esconder crimes. 

Mensagens recuperadas do celular de Deise revelam que ela pesquisou sobre arsênio na internet antes dos crimes e que tentou encobrir seus rastros, manipulando a família. Ela tentou cremar corpo de sogro para esconder vestígios do crime, diz a polícia.

A polícia acredita que Deise possa ter tentado envenenar outras pessoas além das vítimas do bolo com arsênio e do sogro. O delegado responsável pelo caso, Marcos Veloso, afirmou que todas as mortes por intoxicação no círculo de convivência de Deise serão investigadas.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Bolo envenenado: arsênio foi identificado em marido e filho de suspeita no site CNN Brasil.

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