Polícia calcula prejuízo de R$ 63 milhões e 50 vítimas de casal de empresários de Altinópolis que sumiu com sacas de café


Guilherme Osório de Oliveira e Marina Célia Lopes da Cruz Oliveira foram presos na noite de terça-feira (28), em Caraguatatuba (SP). Eles estavam com a prisão decretada desde o dia 17 de janeiro. Guilherme Osório de Oliveira e a esposa dele, Marina Célia Lopes da Cruz Oliveira, são suspeitos de sumir com R$ 25 milhões em sacas de café em Altinópolis, SP
Reprodução
O casal de empresários Guilherme Osório de Oliveira, de 50 anos, e Marina Célia Lopes da Cruz Oliveira, de 48, pode ter feito, pelo menos, 50 vítimas ao sumir com as sacas de café armazenadas no galpão que mantinha em Altinópolis (SP) e o prejuízo para os produtores rurais é estimado em R$ 63 milhões.
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A informação é do delegado Sebastião Picinato, de Ribeirão Preto (SP), que investiga o caso desde o dia 16 de janeiro, quando, inicialmente, 16 pessoas procuraram a polícia para denunciar o sumiço do estoque e a falta de contato com os proprietários do armazém.
“Até hoje estão comparecendo na delegacia novas vítimas alegando ter feito o depósito do café nessa cafeeira. Já passa de 50 vítimas que foram lesionadas e o prejuízo estimado está na ordem de R$ 63 milhões”.
Guilherme e Marina foram presos na noite de terça-feira (28), em Caraguatatuba (SP), 11 dias após a Justiça decretar a prisão temporária deles. Eles devem passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (29). O g1 tenta localizar a defesa dos dois.
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Segundo Picinato, foi solicitada a quebra de sigilo bancário e fiscal do casal, que é investigado por apropriação indébita qualificada, e será instaurado um novo inquérito policial para verificar se houve crime de lavagem de dinheiro.
“É o branqueamento de capitais, porque vendeu o que era de terceiro, recebeu essa grana e deu uma destinação de diversa. Quais são as pessoas envolvidas? O que mais tem por trás disso? Então, o crime de lavagem de dinheiro, a investigação destinada a verificar eventual lavagem de dinheiro, pode trazer novos esclarecimentos”.
Ainda segundo o delegado, a Justiça decretou o bloqueio de 22 imóveis de Guilherme e Marina em Ribeirão Preto, Altinópolis e em outros pontos do estado.
Galpão onde sacas de café eram armazenadas em Altinópolis, SP
Reprodução/EPTV
Prejuízo milionário
O caso veio à tona no dia 16 de janeiro, quando produtores que mantinham as sacas armazenadas no galpão do casal em Altinópolis procuraram a polícia depois que notaram o sumiço dos cafés e não conseguiram falar com Guilherme e Marina.
O prejuízo total pode chegar a R$ 70 milhões. Uma família afirma que tinha cerca de 7,7 mil sacas de café depositadas nos galpões e perdeu, pelo menos, R$ 16 milhões.
À polícia, as vítimas afirmavam que mantinham uma relação de confiança com o casal, que estava no ramo há mais de dez anos.
Galpão de armazenagem de café encontrado vazio pela Polícia Civil em Altinópolis, SP
Reprodução
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