Operação mira grupo ligado à exploração de jogos de azar

Operação mira grupo ligado à exploração de jogos de azar

Um grupo ligado à exploração de jogos de azar em todo o Brasil é alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, no norte do Paraná, na manhã desta quinta-feira (30). São mais de 20 mandados de busca e prisão a serem cumpridos em cidades do Paraná, Goiânia, Santa Catarina e no Distrito Federal.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também determinou o bloqueio de sites de apostas e sistemas on-line de gestão de jogos ilegais hospedados no Brasil e no exterior, além da interrupção de páginas do Instagram e do YouTube.

O grupo também é apontado como ligado a crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro.

De acordo com o promotor de Justiça Leandro Antunes Meirelles Machado, o chefe do grupo criminoso chegou a ser preso em outra operação do Gaeco em 2011. Ele ampliou a atuação com o desenvolvimento de uma plataforma para gestão e exploração de jogos de azar, que fornecia a outros criminosos.

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Em um mês, conforme planilha obtida nas investigações, o grupo movimentou R$ 40 milhões mediante o fornecimento do sistema para 81 regiões do país.

O dinheiro oriundo da prática era lavado por meio de três locadoras de veículos, com a aquisição de veículos de luxo. Empresas de fachada em nome dos próprios investigados e de “laranjas” também eram usadas. De acordo com o MP-PR, a organização criminosa contava também com uma lotérica para a ocultação de valores ilícitos, além de comprar imóveis de alto padrão e cotas de consórcio.

Na operação, também estão previstos o sequestro e a restrição de circulação de 236 veículos e o sequestro de 18 imóveis e valores em dinheiro. O valor a ser bloqueado nas contas bancárias dos investigados chega a quase R$ 150 milhões.

Operação do Gaeco. Reprodução: Divulgação/MP-PR

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