Milho e soja recuam com realização de lucros e temores de tarifas dos EUA

Os contratos futuros de milho e soja da bolsa de Chicago caíram nesta quinta-feira (30), com os investidores realizando lucros após as recentes altas e antes do fim de semana, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que irá impor tarifas sobre as importações do Canadá e do México, segundo os investidores.

O milho atingiu uma máxima de 15 meses e a soja pairou perto de uma máxima de seis meses durante a sessão anterior, quando o clima quente e seco nos cinturões de milho e soja da Argentina reacendeu as preocupações com a oferta global.

“Tivemos uma alta muito grande, e é a realização de lucros no final do mês, rumo ao fim de semana”, disse Sherman Newlin, corretor da Risk Management Commodities.

Os contratos futuros de milho mais ativos da bolsa de Chicago caíram 6,75 centavos, a US$ 4,9025 por bushel, enquanto a soja CBOT caiu 16,5 centavos, para US$ 10,44 por bushel.

As chuvas decepcionantes na Argentina e a perspectiva de seca para as próximas semanas no país devem continuar a sustentar os futuros do milho e da soja.

“O cenário é bastante ruim para o desenvolvimento do milho e da soja”, disse Isaac Hankes, especialista em pesquisa da LSEG Data and Analytics.

Os operadores estão esperando para ver se Trump cumprirá as ameaças de impor tarifas contra o México e o Canadá, o que provavelmente provocaria uma retaliação por parte de dois dos maiores importadores de produtos agrícolas dos EUA.

“Estamos nos aproximando da implementação da tarifa de sábado com o México e o Canadá, e isso está trazendo incerteza para o mercado”, disse Jim Gerlach, presidente da A/C Trading. “As pessoas estão se antecipando a isso e vendo onde a poeira assenta.”

Os futuros do trigo subiram devido à redução das previsões para as exportações russas e aos temores de que o clima frio possa ter prejudicado a safra de trigo de inverno dos EUA.

A consultoria Sovecon disse nesta quinta-feira que revisou para baixo sua previsão de exportação de trigo russo para 2024/2025, de 43,7 milhões para 42,8 milhões de toneladas.

O contrato de trigo mais ativo da CBOT,, subiu US$ 0,04, a US$ 5,665 por bushel.

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