Haddad e Ceron divergem sobre “componente ideológico” por parte do mercado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, divergiram nesta quinta-feira (30) sobre uma possível atuação ideológica por parte dos agentes de mercado no Brasil.

Durante coletiva de divulgação do resultado primário, Ceron foi questionado sobre a perda de credibilidade do governo com o mercado e uma possível má vontade dos agentes financeiros, mesmo com o governo entregando alguns resultados positivos.

O secretário afirmou acreditar que o mercado age de forma pragmática.

“Não acredito em má vontade do mercado. Os mercados buscam ser eficientes, o aspecto ideológico fica de lado quando se tem que fazer negócios e preços”, disse Ceron.

O secretário também afirmou que é papel do governo melhorar a comunicação caso haja desconfiança por parte do mercado.

“O resultado melhorou, está avançando. Nosso papel é esclarecer isso da forma adequada. Se há desconfiança, é nosso papel melhorar a comunicação”, afirmou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou em entrevista à RedeTV! na noite desta quinta-feira que os governos anteriores registraram déficits iguais ou até maiores que o da atual gestão, mas não enfrentavam o mesmo nível de críticas por parte do mercado.

Haddad afirmou ver um “componente ideológico” nas análises do mercado.

“Vi uma reportagem dizendo que o tal mercado erra 95% das suas projeções. Não to querendo aqui fulanizar, mas é preciso ter uma honestidade intelectual em relação aos fatos. Combatemos o gasto tributário, estamos contendo o gasto primário. O que está sendo vendido tem um componente ideológico que não ajuda”, disse o ministro.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Haddad e Ceron divergem sobre “componente ideológico” por parte do mercado no site CNN Brasil.

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