
Sete em cada 10 trabalhadores informais gostariam de atuar com carteira assinada no país. O número faz parte de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre). Conforme o levantamento, o desejo aumenta entre os que não possuem CNPJ, que têm renda mais baixa e também entre homens e pessoas com menor nível de escolaridade.
Para a professora de direito Luciana Balderrama, o resultado tem relação com uma estabilidade de direitos ligada ao regime CLT.
O levantamento ainda traz a maior dos entrevistados (55%) se tornaram autônomos por vontade própria. Outros 44% apontaram a necessidade como fator. A professora também ressalta a Reforma Trabalhista, de 2017, como um fator que levou muitas pessoas à informalidade. A legislação flexibilizou algumas regras, como redução de intervalo entre jornada, e também enfraqueceu os sindicatos, com o fim da contribuição obrigatória.
No ano passado, o Brasil chegou a mais de 29 milhões de trabalhadores autônomos, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Reportagem: Bárbara Hammes