Proposta de Trump para a Gaza embaralha cenário turbulento no Oriente Médio

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump defendeu nesta terça-feira (4) a retirada dos mais de 2 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza e disse que os Estados Unidos vão assumir o território. 

O presidente americano disse que países vizinhos poderiam receber os refugiados. Egito e Jordânia já condenaram publicamente a ideia. 

“Agora, eu vi todas as fotos de todos os ângulos, melhor do que se eu estivesse lá. E ninguém pode viver lá”, disse Trump. 

Ao lado do republicano, o premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a guerra só vai acabar com a erradicação do Hamas e com a volta de todos os reféns que ainda estão no enclave palestino.

Essa é a primeira viagem internacional de Benjamin Netanyahu desde que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra ele. A corte afirma ter indícios de que Netanyahu cometeu crimes de guerra e contra a humanidade na luta contra o Hamas.

Ainda assim, os Estados Unidos não são signatários do tratado que criou o TPI. E não têm qualquer obrigação de prender o líder israelense. 

Enquanto Netanyahu visita os Estados Unidos, Israel avança contra a Cisjordânia ocupada. Dois soldados morreram nesta terça-feira numa ofensiva contra a região norte do território. As incursões começaram logo depois do início do cessar fogo na Faixa de Gaza. 

A consolidação do avanço sobre o território palestino é parte de um movimento maior, de rearranjo das forças do Oriente Médio. 

Também nesta terça, Trump assinou memorando reforçando a pressão para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. O documento prevê que os Estados Unidos bloqueiem a venda de petróleo extraído pela República dos Aiatolás.

“Apenas não queremos que eles tenham uma arma nuclear. Eles não podem ter uma arma nuclear“, decretou Trump.

Na Síria, o novo líder do país, Ahmed Al-Shara, intensificou o esforço diplomático para consolidar a legitimidade do governo que ascendeu ao poder após a queda  do regime comandado por Bashar Al-Assad. 

Al-Shara se encontrou com o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, e se comprometeu a combater o Estado Islâmico e militantes curdos na Síria. Os grupos são considerados pela Turquia uma “ameaça” à soberania do país. 

Este conteúdo foi originalmente publicado em Proposta de Trump para a Gaza embaralha cenário turbulento no Oriente Médio no site CNN Brasil.

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