Ex-mulher de Neil Gaiman nega acusações de abuso e tráfico humano; entenda

Ex-mulher do autor best-seller Neil Gaiman (“Coraline”, “Sandman”), a cantora Amanda Palmer, 48, usou as redes sociais para rebater acusações de abuso e tráfico humano. Junto ao ex-marido, ela foi foco de denúncias feitas por uma mulher neozelandesa na última semana.

“Agradeço profundamente a todos por continuarem respeitando o meu recente pedido de privacidade enquanto navego por este momento extremamente difícil”, começou ela, em comunicado publicado em seu perfil no Instagram.

“Preciso proteger meu filho pequeno e o direito dele à privacidade. Com isso como minha prioridade, não responderei às alegações específicas feitas contra mim, exceto para dizer que as nego e que responderei no devido tempo”, complementou.

Palmer e Gaiman estão sendo processados em milhões de dólares por uma mulher que alega ter sofrido abuso sexual e tráfico humano enquanto trabalhava para o ex-casal como babá, de acordo com três processos judiciais apresentados na segunda-feira (3).

A suposta vítima diz que Gaiman a estuprou repetidamente em 2022, causando danos físicos, mentais e emocionais. Palmer, por sua vez, foi acusada de saber que a moça era vulnerável e de não alertá-la de que o autor tinha um histórico de comportamento predatório, de acordo com os documentos judiciais.

A cantora teria, inclusive, sido a ponte entre Gailman e a mulher.

Neil Gaiman é acusado de abuso sexual por pelo menos 8 mulheres

Acusações contra o escritor vieram à tona pela primeira vez em 2024, por meio de denúncias ao podcast Master, da Tortoise Media. Já no início de janeiro, a revista Vulture publicou um artigo com acusações de oito mulheres. O veículo usou como base entrevistas com as supostas vítimas, trocas de mensagens delas com o escritor e registros policiais.

Gaiman usou seu blog pessoal para comentar o assunto.

“Nos últimos meses, tenho assistido às histórias que circulam na internet sobre mim com horror e consternação. Fiquei quieto até agora, tanto por respeito às pessoas que estavam compartilhando suas histórias quanto por um desejo de não chamar ainda mais atenção para muita desinformação. Sempre tentei ser uma pessoa reservada e sentia cada vez mais que as mídias sociais eram o lugar errado para falar sobre assuntos pessoais importantes. Agora cheguei ao ponto em que sinto que devo dizer algo”, começou ele.

“Ao ler esta última coleção de relatos, há momentos que reconheço pela metade e momentos que não, descrições de coisas que aconteceram ao lado de coisas que enfaticamente não aconteceram. Estou longe de ser uma pessoa perfeita, mas nunca me envolvi em atividade sexual não consensual com ninguém. Nunca”, continuou.

Confira a defesa do autor na íntegra.

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