Eleição presidencial no Equador deve seguir para segundo turno

A corrida presidencial do Equador irá para um segundo turno em 13 de abril se as tendências atuais na contagem persistirem, afirmou Diana Atamaint, chefe do conselho eleitoral nacional no domingo (9), enquanto o titular Daniel Noboa liderava a esquerdista Luisa Gonzalez por menos de 1%.

Os rivais também se enfrentaram em 2023, quando lutaram para ganhar a chance de terminar o mandato truncado do antecessor de Noboa.

Embora as pesquisas previssem que o atual presidente venceria, mesmo em um único turno, ele mal liderava a contagem no domingo, com 44,5% contra 44,1% de Gonzalez, com 78,7% das urnas contadas.

“Se a tendência for mantida, os equatorianos retornarão às urnas em 13 de abril”, afirmou Atamaint em uma entrevista coletiva.

O herdeiro de 37 anos de uma fortuna empresarial, Noboa, disse que sua mobilização militar nas ruas e nas prisões, entre outras medidas, reduziu as mortes violentas em 15%, diminuiu a violência nas prisões e ajudou na captura de grandes líderes de gangues.

Mas a candidata de esquerda Gonzalez, 47, e os outros 14 rivais de Noboa no primeiro turno pediram mais esforços para combater o crime relacionado ao tráfico de drogas que abalou o Equador nos últimos anos.

Gonzalez, protegida do ex-presidente Rafael Correa, exclamou que enfrentaria o crime com grandes operações militares e policiais, perseguiria juízes e promotores corruptos e implementaria um plano de gastos sociais nas áreas mais violentas.

“Este triunfo é para vocês porque Daniel Noboa representa o medo e nós representamos a esperança, a mudança, a esperança de transformar o país”, falou ela aos apoiadores em Quito, a capital.

Segundo Gonzales, “estamos quase em um empate técnico, com uma tendência, a mais importante, onde continuaremos crescendo em votos e Daniel Noboa continuará caindo.”

Por dias, Correa e Gonzalez têm criticado o que chamaram de planos para cometer fraude eleitoral, com Gonzalez destacando Atamaint, afirmando que ela havia permitido que Noboa ignorasse as regras de campanha.

O presidente não falou com os apoiadores que aguardavam em Quito.

Ele está envolvido em uma longa disputa com seu vice-presidente, mais recentemente sobre se e como ele poderia tirar licença de campanha.

Esta semana, o tribunal constitucional invalidou dois decretos que Noboa usou para tirar licença de campanha no primeiro turno, uma decisão que provavelmente complicará sua capacidade de nomear um vice-presidente interino para que ele possa fazer campanha antes do segundo turno.

O candidato e atual presidente revelou várias políticas de última hora aparentemente projetadas para atrair eleitores, desde ajuda para migrantes retornando dos Estados Unidos até tarifas sobre importações mexicanas e um acordo comercial com o Canadá.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Eleição presidencial no Equador deve seguir para segundo turno no site CNN Brasil.

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