Mães denunciam professor de escolinha de futebol por assédio

Novas denúncias de abuso sexual contra um professor de uma escolinha de futebol em Curitiba surgiram depois que ele foi preso e solto pela justiça na segunda-feira (10). Segundo a Polícia Civil ele pode voltar a ser preso devido aos novos casos envolvendo crianças e adolescentes. De acordo com os próprios adolescentes, foi criado um grupo de WhatsApp em que o homem intimidava os jovens usando palavras obscenas, criava apelidos e fazia referências as partes íntimas dos alunos. Nos encontros presenciais, as mães disseram que o professor pedia para que os meninos ficassem sem roupa, com a desculpa de que isso iria ajudar os atletas a terem um melhor desempenho dentro de campo.

As mães também reclamaram das massagens que eram feitas nos adolescentes sem roupa. Uma das mães disse que o filho se sentiu constrangido quando as mãos do professor encostavam nas partes íntimas do filho. Ela procurou o professor para fazer uma reclamação informal, e segundo ela, o suspeito disse que haviam muitas histórias sobre ele, mas que ninguém nunca conseguiu provar nada.

O professor enviava mensagens para os alunos fazendo convites e oferecendo vantagens, prometendo que se eles colaborassem, ganhariam destaque no time.

Os pais dos alunos estão revoltados, alegando que o professor brincou com os sonhos das crianças que sonham em crescer no esporte.

Uma avó comentou que o comportamento do neto mudou e que ele está mais retraído, precisando de tratamento psicológico.

A Polícia Civil do Paraná enviou uma nota informando que ainda está investigando o caso e realizando todas as diligências cabíveis a fim de esclarecer os fatos. Por se tratar de um caso envolvendo menor de idade a investigação corre em sigilo, conforme determina a legislação. A escolinha de futebol no bairro Alto Boqueirão permanece fechada.

Reportagem: Juliano Couto