Especialista explica impactos de taxas de Trump no Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou recentemente a imposição de novas tarifas sobre produtos brasileiros, gerando preocupação no cenário do comércio internacional.

O ex-secretário de Comércio Exterior e sócio da BMJ Consultoria, Welber Barral, analisou os impactos dessas medidas em entrevista à CNN.

Barral explicou que o etanol foi mencionado no memorando da Casa Branca como o primeiro exemplo de tratamento injusto para as exportações americanas.

Segundo ele, o governo americano alega que o etanol brasileiro paga 2,5% para entrar no mercado americano, enquanto o etanol americano paga 18% para entrar no mercado brasileiro.

Negociações bilaterais e sazonalidade

O ex-secretário ressaltou que essas taxas não surgiram do nada, mas são resultado de negociações sobre vários produtos numa relação bilateral.

Ele também destacou a importância da sazonalidade no comércio de etanol entre os dois países, explicando que quando o Brasil está no auge da safra, os Estados Unidos não estão, o que resulta em um comércio praticamente equilibrado.

Barral expressou preocupação com a tentativa de Trump de reescrever as regras do comércio internacional, passando ao largo da Organização Mundial do Comércio (OMC) e buscando negociações bilaterais onde os EUA teriam maior poder de negociação.

Ele lembrou que as tarifas mundiais são resultado de décadas de negociações multilaterais, nas quais os Estados Unidos foram uma grande liderança.

Oportunidades e riscos

Apesar dos desafios, Barral apontou possíveis oportunidades para o Brasil, como a busca por mercados alternativos.

Ele mencionou o avanço nas negociações entre Mercosul e União Europeia, além do interesse renovado do Canadá em negociar com o bloco sul-americano.

No entanto, o especialista alertou para riscos, como o aumento do protecionismo global e possíveis efeitos inflacionários das medidas de Trump, que podem elevar as taxas de juros e afetar a economia mundial.

Barral também destacou a preocupação com o impacto nas exportações de peças e equipamentos produzidos no Brasil por subsidiárias de empresas americanas.

Por fim, Barral enfatiza que o futuro das exportações brasileiras, especialmente de commodities agrícolas, está mais voltado para o mercado asiático, principalmente a China.

Ele lembrou que o Brasil tem déficit comercial com os Estados Unidos e não espera que o país sofra pressões semelhantes em outros mercados.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Especialista explica impactos de taxas de Trump no Brasil no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.