A morte do paciente de Apucarana, no norte do Paraná, por febre oropouche é investigada pelo Ministério da Saúde. Embora o caso tenha sido notificado em solo paranaense, o órgão trabalha com a hipótese de que o local provável da infecção seja Santa Catarina, estado vizinho.
Até julho, não havia relato na literatura científica mundial sobre mortes pela doença, transmitida pela picada do mosquito-pólvora. As duas vítimas eram mulheres, tinham menos de 30 anos e não registravam comorbidades. O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, explica sobre a expansão da circulação do vírus para as regiões do sul e sudeste do Brasil.
Os sintomas da febre oropouche são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular e náusea. Nove municípios do Paraná tiveram casos detectados da febre oropouche. Eles são: Curitiba, Lupionópolis, São José dos Pinhais, Cascavel, Apucarana, União da Vitória, Altônia e Adrianópolis. Segundo o secretário estadual da Saúde, César Neves, os locais prováveis de infecção foram Santa Catarina, Acre, Rondônia e Amazonas.
A virologista da Fiocruz Paraná, Cláudia Nunes Duarte dos Santos, detalha que o aquecimento global é uma das causas para o crescimento de casos. As mudanças climáticas também têm criado condições favoráveis para a reprodução dos mosquitos em novas áreas.
Por causa da preferência do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é manter os quintais limpos, além de evitar o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico.
Reportagem: Mirian Villa
