Ex-presidente da Câmara de Cantanhede é alvo de operação do MP-MA por suspeita de desvio de recursos públicos


Durante a fase da operação Maat, intitulada Câmara Limpa, o MP-MA cumpriu mandado monitoramento eletrônico contra o ex-presidente da Câmara de Cantanhede Edmilson Marques dos Santos. Câmara Municipal de Cantanhede no Maranhão.
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O ex-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede Edmilson Marques dos Santos foi alvo de uma operação realizada pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA), na manhã desta terça-feira (18), por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos na cidade.
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Durante a fase da operação Maat, intitulada Câmara Limpa, o MP-MA cumpriu mandado monitoramento eletrônico contra Edmilson Marques, além de cumprir um mandado de prisão contra Luis Gustavo Chuva Candeira, que também é suspeito de fazer parte do esquema.
Segundo a Promotoria de Justiça da Comarca de Cantanhede, Edmilson e Luis Gustavo são acusados pela prática de atos ilícitos firmados com a Câmara Municipal de Cantanhede no exercício de 2021.
A investigação foi iniciada após denúncia recebida pela Ouvidoria do Ministério Público de que Edmilson Marques, à época presidente do Poder Legislativo municipal, teria montado um esquema para desviar recursos públicos em parceria com empresas contratadas sem licitação.
“No decorrer da investigação, o Ministério Público constatou que o ex-presidente da Câmara Municipal se associou a um empresário e contratou empresas que não prestaram serviços, mas recebiam os pagamentos. Em um dos contratos, um aparelho de som foi alugado, mas a sede do Poder Legislativo já contava com aparelhagem própria. Isso foi confirmado não apenas pelos depoimentos de testemunhas, mas com um vídeo publicado na internet”, explicou o promotor de justiça.
Foram cumpridos, ainda, mandados de busca e apreensão nas empresas de Valber Cutrim Amorim Júnior e Francisco Oliveira Moreira, investigados por participarem do suposto esquema de corrupção. O Poder Judiciário decretou a indisponibilidade dos bens dos dois empresários e de Edmilson Marques dos Santos no valor de R$ 1.199,784.
De acordo com o titular da Promotoria de Justiça de Cantanhede, a parceria com outras instituições foi fundamental para o desenvolvimento das novas fases da Operação Maat.
“Agradecemos o apoio da Polícia Civil, do Setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico, Centro Tático Aéreo e aos servidores da Promotoria de Justiça de Cantanhede”, destacou Márcio Antônio Oliveira.
O g1 não conseguiu contato com a defesa dos investigados.
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