Após acidente, nave Starship, da SpaceX, é liberada para próximo lançamento

A Administração Federal de Aviação (FAA) informou nesta sexta-feira (28) que autorizou o retorno do veículo Starship da SpaceX às operações de voo, enquanto a investigação sobre o incidente do Starship Flight 7, ocorrido em 16 de janeiro, permanece aberta.

A FAA declarou que emitiu uma licença autorizando o lançamento do Starship Flight 8, que envolve a combinação da espaçonave Starship e do propulsor Super Heavy, a partir de Boca Chica, no Texas, após a empresa concluir uma revisão de segurança exigida e supervisionada pela agência.

A missão inclui o retorno do propulsor Super Heavy ao local de lançamento para uma tentativa de captura pela torre de lançamento, além de um pouso na água do veículo Starship no Oceano Índico, a oeste da Austrália.

A SpaceX afirmou que está se preparando para lançar a missão já na próxima segunda-feira (3) e que “várias mudanças em hardware e operações foram feitas para aumentar a confiabilidade do estágio superior”.

A FAA informou que a SpaceX atendeu a todos os requisitos de segurança, ambientais e de licenciamento para o novo voo de teste suborbital.

O foguete Starship 7 da SpaceX se desintegrou minutos após o lançamento, espalhando destroços sobre o norte do Caribe e forçando companhias aéreas a desviarem dezenas de voos.

O próximo voo “seguirá a mesma trajetória suborbital das missões anteriores e terá como alvo objetivos não alcançados no último teste”, afirmou a SpaceX.

A empresa também destacou que os flaps frontais da Starship “foram aprimorados para reduzir significativamente sua exposição ao calor da reentrada, ao mesmo tempo em que simplificam os mecanismos subjacentes e o revestimento de proteção”.

Em setembro, a FAA propôs uma multa de 633 mil dólares contra a SpaceX por não cumprir os requisitos de licenciamento em 2023 antes de dois lançamentos.

O fundador e CEO da SpaceX, Elon Musk, que lidera o esforço do ex-presidente Donald Trump para reformar o governo dos Estados Unidos, pediu no ano passado a renúncia do administrador da FAA, Mike Whitaker, que optou por deixar o cargo quando Trump assumiu a presidência.

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