Canadá promete resposta a “tarifas injustificadas dos EUA”

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, prometeu na segunda-feira (3) que as tarifas dos Estados Unidos contra o Canadá não ficarão sem resposta.

“Hoje, após uma pausa de 30 dias, a administração dos Estados Unidos decidiu prosseguir com a imposição de tarifas de 25% sobre as exportações canadenses e tarifas de 10% sobre a energia canadense. Deixe-me ser inequivocamente claro: não há justificativa para essas ações”, afirmou Trudeau em um comunicado.

O primeiro-ministro afirmou ainda que menos 1% do fentanil interceptado na fronteira dos EUA vem do Canadá, mas reforçou que o governo canadense gastou mais de US$ 1,3 bilhão com um plano para interromper o fluxo de drogas.

Entre as ações adotadas pelo Canadá, Trudeau elencou a designação de cartéis criminosos transnacionais como organizações terroristas, o lançamento da Célula de Inteligência Operacional Conjunta e o estabelecimento de uma Força de Ataque Conjunta Canadá-EUA contra o crime organizado.

“Por causa desse trabalho — em parceria com os Estados Unidos — as apreensões de fentanil no Canadá caíram 97% entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025″, disse o líder canadense.

Trudeau também alertou que o Canadá não deixará essa decisão injustificada ficar sem resposta e prometeu tarifas de 25% contra US$ 155 bilhões em produtos americanos

“Nossas tarifas permanecerão em vigor até que a ação comercial dos EUA seja retirada e, se as tarifas dos EUA não cessarem, estamos em discussões ativas e contínuas com províncias e territórios para buscar várias medidas não tarifárias. Enquanto pedimos à administração dos EUA que reconsidere suas tarifas, o Canadá permanece firme em defender nossa economia, nossos empregos, nossos trabalhadores e um acordo justo”, disse o premiê.

“Por causa das tarifas impostas pelos EUA, os americanos pagarão mais por mantimentos, gasolina e carros e, potencialmente, perderão milhares de empregos. As tarifas interromperão um relacionamento comercial incrivelmente bem-sucedido. Eles violarão o próprio acordo comercial que foi negociado pelo presidente Trump em seu último mandato”, afirmou.

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