Caso Padre Zé: Audiência escuta testemunhas de defesa, mas interrogatório de padre Egídio fica para final de agosto


Audiência será retomada nos dias 26, 27 e 28 de agosto, quando será feito o interrogatório de padre Egídio de Carvalho. Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé
TV Cabo Branco/Reprodução
Foi retomada mais uma vez nesta quarta-feira (31) a audiência de instrução de um dos processos que apuram um esquema de desvios de recursos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. A princípio, a audiência seria retomada nesta quinta-feira (1), porém foi adiada para os dias 26, 27 e 28 de agosto, quando será interrogados o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor geral do hospital, a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas Miranda e Silva e a ex-tesoureira Amanda Duarte da Silva Dantas.
Nesta quarta, foram ouvidos dois funcionários do hospital, como testemunhas arroladas pela defesa de padre Egídio. O g1 tentou entrar em contato com o advogado do padre, porém até a última atualização desta notícia não obteve retorno.
Os três são investigados por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio milionário de recursos e fraudes na gestão da unidade hospitalar, que recebe recursos públicos e é pensado para ser filantrópico.
Ao todo já foram ouvidos:
Uma contadora do Padre Zé;
Dois porteiros do Padre Zé;
Cinco funcionárias do hospital;
Manoel Delson (arcebispo da Paraíba);
Samuel Segundo, ex-funcionário do hospital;
Uma delegada que participou das investigações.

Operação Indignus

Hospital Padre Zé, em João Pessoa
Hospital Padre Zé/Divulgação
A operação ‘Indignus’ foi deflagrada na manhã do dia 5 de outubro de 2023, mas as irregularidades no Hospital Padre Zé começaram a ser investigadas quando mais de 100 aparelhos celulares foram furtados da instituição. Esse caso foi tornado público em 20 de setembro. A denúncia, no entanto, foi feita em agosto e imediatamente um inquérito policial foi aberto. Um suspeito, inclusive, chegou a ser preso, mas responde em liberdade e cumpre medidas cautelares.
Padre Egídio deixou a direção do hospital logo após a denúncia sobre o furto de celulares. Os celulares foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
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