Mãe de brasileira grávida que morreu em acidente com filha de 7 anos diz que corpos serão enterrados juntos nos Estados Unidos: ‘Fazer a vontade dela’


Mãe de Kamyla disse que era vontade da filha ser enterrada nos Estados Unidos. Mãe e filha serão sepultadas na cidade de Harwich, em Boston. Jean Aquino, Kamyla Aquino e a filha, Maria Eduarda, que morreram na Carolina do Sul, nos Estados Unidos –
Arquivo pessoal/Jefferson Araújo
Kenia Machado, mãe de Kamyla Aquino que morreu com a filha de 7 anos e o marido em acidente nos Estados Unidos, falou que a filha e a neta serão enterradas juntas em solo norte-americano. Mãe e filha serão sepultadas na cidade de Harwich, em Boston.
“No meu coração, não posso separar, elas vão ter que ser enterradas juntas. Ela [Kamyla] falava: ‘se eu morrer, não me enterra no Brasil’. Eu ia levar por minha conta e pela família, mas agora é a única hora que eu posso fazer a vontade dela”, contou.
O acidente que matou a família ocorreu no estado da Carolina do Norte, na noite do dia 25 de fevereiro. Kenia contou que a filha e a neta estavam mais juntas do que nunca e não quer separar as duas. Entretanto, ela contou que o genro Jean Aquino será enterrado pela família no Brasil.
Ao g1, Jefferson Rodrigo Araújo, que era primo de Kamyla, explicou que o acidente envolveu um outro veículo em que o motorista estava embriagado. “Kamyla era uma menina jovem, mãe de uma criança de 7 anos e tinha uma menina de seis meses no ventre dela”, explicou Jefferson. Segundo ele, Kamyla nasceu em Goiânia, mas foi pequena para os Estados Unidos.
Como a família soube
Jefferson contou que a polícia americana contatou a mãe de Kamyla no dia seguinte ao acidente. “A polícia americana entrou em contato com minha tia dizendo que minha prima tinha sofrido um acidente e infelizmente tinha vindo a óbito”, explicou Jefferson.
Segundo ele, após o acidente, a mãe dela foi para os Estados Unidos para resolver os trâmites necessários.
Jean Aquino, Kamyla Aquino e a filha, Maria Eduarda, que morreram na Carolina do Sul, nos Estados Unidos – Goiás
Arquivo pessoal/Jefferson Araújo
Sem translado para o Brasil
Ao g1, a mãe de Kamyla contou que outro motivo para sepultar a filha e a neta nos Estados Unidos é que o pai biológico da neta conseguiu barrar o translado do corpo para o Brasil. “Para eu conseguir [levar Maria Eduarda] eu tenho que ir para Corte e isso demoraria, levava tempo, e eu não tenho condições nenhuma, nem psicológica, nem física, mais de ficar aqui”, relatou.
O g1 entrou em contato por e-mail com o Itamaraty para se algum apoio foi prestado à família, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O g1 não conseguiu falar com a polícia da Carolina do Sul para saber detalhes sobre o acidente e a investigação.
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