Judoca Rafael Macedo chega até a disputa do bronze, mas comete infração decisiva

‘A decisão dos árbitros foi essa e acredito que vai ser a correta. A decisão deles é a correta’, afirmou o brasileiro após ficar fora do pódio nas Olimpíadas de Paris. Rafael Macedo sofre punição no fim da disputa por medalha de bronze no judô
O judoca Rafael Macedo chegou até a disputa da medalha de bronze, mas cometeu uma infração decisiva.
O dia de um judoca olímpico pode ter pontos muito altos, como a execução perfeita de uma técnica para garantir o direito de disputar medalha. Foi o que Rafael Macedo fez contra o sul-coreano Juyop Han, a mais bonita das três vitórias dele nesta quarta-feira (31).
Mas esse mesmo dia pode ter pontos muito baixos. Como na decisão pela medalha de bronze contra Maxime-Gael Ngayap Hambou. Logo no início, o francês e o brasileiro ficaram pendurados com duas punições. Quem levasse a próxima seria eliminado. A partir daí, Rafael dominou a luta. A 20 segundos do fim, com os judocas no chão, o árbitro interrompeu o combate, puniu o brasileiro e deu a vitória ao francês.
“Uma vergonha! Até agora eu não entendi. Alguém entendeu aí, na câmera?”, questionou Kiko Pereira, técnico da seleção masculina de judô.
Após a final da categoria até 90 kg, que teve medalha de ouro para a Geórgia e prata para o Japão, a comissão técnica do Brasil foi até a mesa onde ficam os árbitros que checam os vídeos das lutas no torneio olímpico. Eles queriam uma explicação mais convincente para a punição ao Rafael Macedo que tirou a medalha de bronze do Brasil.
“Em princípio, nós entendemos que ele tinha dado a punição porque tinha pegado dentro do quimono e não foi isso, não ficou claro. Quando nós fomos até a mesa conversar com os responsáveis da Federação Internacional, realmente, essa posição é uma posição que, quando você com as duas pernas pressiona só a cabeça, só ali, realmente é considerado mate e shido”, diz Marcelo Theotonio, chefe de equipe do judô brasileiro.
Mate é o ato de interromper a luta. Shid é o de punir o judoca. Pela regra mais recente do judô, esse movimento do Rafael só valeria se o braço do francês também estivesse entre as pernas do brasileiro.
“Deus sabe de todas as coisas. A decisão dos árbitros foi essa e acredito que vai ser a correta. A decisão deles é a correta”, afirmou o judoca brasileiro Rafael Macedo.
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