Caso Vitória: o que sabemos e o que falta saber sobre o caso

Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, desapareceu em 26 de fevereiro e foi encontrada morta em 5 de março em Cajamar, na Grande São Paulo. Uma semana após o corpo da jovem ser encontrada, a Polícia Civil de São Paulo segue investigando o caso.

Vitória Regina de Sousa desapareceu após sair do trabalho. O corpo foi encontrado em uma área de mata com cabelo raspado, sem roupas e com um corte profundo no pescoço. A Polícia Civil investiga três suspeitosMaicol Sales dos SantosDaniel Lucas Pereira e Gustavo Vinícius MoraesMaicol Sales dos Santos foi preso. O pai de Vitória foi inicialmente considerado suspeito, mas foi descartado.

Durante as investigações, a polícia encontrou sangue na casa e no carro de Maicol Sales dos Santos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), confirmou, nesta quarta-feira (12), que 9 celulares foram apreendidos e serão periciados. Outras perícias estão em andamento.

O que a investigação já descobriu

A polícia cercou três suspeitos, embora a Justiça tenha negado a prisão de dois deles. A investigação enfrentou críticas devido a inconsistências nas informações divulgadas, como a inclusão e posterior retirada do pai da vítima da lista de suspeitos, além de conflitos entre versões de diferentes autoridades que trabalham no caso.

Polícia fecha cerco em três suspeitos no caso Vitória; veja quem são

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, em coletiva de imprensa nessa segunda-feira (10), afirmou que polícia trabalha com a hipótese de sequestro e aguarda resultados de perícias para responsabilizar os envolvidos no caso.

Localização de suspeitos próximos à vítimasangue encontrado em veículo e em casa de suspeitocontradições em depoimentos e imagens de dispositivos móveis são algumas das evidências que auxiliam na produção de provas durante as investigações.

A Polícia Científica de São Paulo encontrou sangue na casa de Maicol e em seu veículo, um Toyota Corolla. Perícias toxicológicas e das vísceras estão em andamento para avaliar se a jovem sofre violência sexual.

Dono de carro é “um dos envolvidos” no crime, diz polícia

O laudo pericial preliminar indicou que a morte ocorreu entre 1º e 2 de março. A polícia desconfia que Vitória foi mantida em cativeiro antes de ser morta.

O que falta ser esclarecido

A polícia busca esclarecer o envolvimento dos suspeitos e a motivação do crime. A investigação prossegue para determinar a data exata da morte, a dinâmica do crime e o papel de cada suspeito.

Segundo a polícia, o ex-namorado de Vitória e outros dois homens são investigados por participação no crime. Os suspeitos são Gustavo Vinícius Moraes (ex-namorado da vítima), Maicol Sales dos Santos (proprietário do carro visto seguindo Vitória) e Daniel Lucas Pereira, amigo da vítima.

Saiba qual é a relação entre suspeitos e vítima

Ainda não se sabe quando Vitória morreu, se foi assassinada no mesmo dia do suposto rapto ou se foi mantida como refém em um cativeiro por um ou dois dias. O laudo necroscópico deve trazer essa resposta.

Os laudos periciais solicitados ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML) estão em andamento e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial. O chefe do Demacro, contudo, alertou que os resultados de DNA podem demorar até 40 dias para serem divulgados.

Outra questão que paira sobre o caso se dá em relação a qual seria o motivo do assassinato. A principal linha de investigação é que a morte de Vitória foi por vingança. A polícia diz que a prioridade é a identificação dos envolvidos e, posteriormente, será identificado o mandante e depois as motivações.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Vitória: o que sabemos e o que falta saber sobre o caso no site CNN Brasil.

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