Suspeitos de matar casal em festa neonazista vão a júri

Suspeitos de matar casal em festa neonazista vão a júri

Quatro suspeitos de terem matado um casal durante uma festa neonazista vão a júri popular nesta quinta-feira (20), dezesseis anos depois do crime. O julgamento será feito no Fórum de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Os envolvidos são acusados da morte de Renata Weachter Ferreira e Bernardo Dayrell Pedroso, em 21 de abril de 2009. Também seria julgado o suspeito pelo crime Gustavo Wendler, que faleceu no decorrer do processo.

Já Ricardo Barollo, homem apontado como possível mandante do crime, será julgado em maio. Ele teria ordenado e planejado os homicídios, para que os cinco suspeitos executassem. Os estudantes Bernardo e Renata foram encontrados mortos na BR-116 em Quatro Barras, na RMC, após terem participado de uma festa que comemorava o aniversário de Adolf Hitler.

Segundo investigações da Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgadas na época, o crime foi motivado por divergências políticas e disputa de poder dentro de um grupo neonazista. O advogado que representa as famílias da vítima, José Carlos Portella, afirma que a expectativa é que o julgamento traga um fechamento para o caso.

Os suspeitos pelos assassinatos foram presos um mês depois do crime e libertados em julho de 2009, após decisão do Tribunal de Justiça do Paraná. Para o advogado Luis Gustavo Janiszewski, que representa o réu Jairo Maciel, as vítimas estavam envolvidas com o grupo neonazista.

O representante da ré Rosa Almeida afirma que a tese da defesa é a absolvição. Para a equipe de defesa do réu João Guilherme, “existem situações que não vieram à tona sobre o crime e que mudam a dinâmica da acusação”.

Já para a defesa de Rodrigo Motta, é necessário que sejam discutidos os níveis de participação de cada suspeito no crime. Ambos os advogados, de Rodrigo e João, afirmam acreditar em um possível exagero da acusação.

Reportagem: Brenda Niewiorowski

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