Paraná pode ter banco de vacina contra febre aftosa

Paraná pode ter banco de vacina contra febre aftosa

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) anunciou um acordo de cooperação tecnológica com a empresa argentina Biogenesis Bagó para a transferência e internalização de tecnologia para a criação de um banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa.

O documento foi assinado durante a conferência internacional “Prevenção da febre aftosa: salvaguardando a pecuária, meios de subsistência e economias”, que é realizada em Curitiba esta semana. O banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa tem como objetivo ser um estoque estratégico de insumos para a rápida formulação de uma vacina para enfrentamento de eventuais casos de surto localizado.

Hoje, o Brasil é um país livre de febre aftosa sem vacinação animal e espera receber o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desse novo status sanitário ainda no primeiro semestre. O Paraná vai completar quatro anos em 2025 com o status internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, já à frente do País.

A conquista é fruto de mais de 50 anos de trabalho e parceria entre iniciativa privada, entidades representativas do agronegócio e governo estadual. A campanha de vacinação, que ocorria duas vezes por ano, foi substituída pela de atualização de rebanhos.

O cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais. O vice-governador Darci Piana disse que é necessário pensar no crescimento da pecuária e da agricultura.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou a importância dos recursos do Fundo Paraná, voltado para financiar ações, programas e projetos estratégicos da área de ciência, tecnologia, como o projeto do banco de antígenos.

O banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa irá manter congelado sorotipos virais específicos da doença para a produção em até 72 horas de imunizantes para serem distribuídos a todo território nacional em caso de focos de febre aftosa.

Esse projeto já foi protocolizado no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), dando início às tratativas com o Governo Federal para a implantação.

Reportagem: Juliano Couto

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