Autores de disparos recebem mais de 30 anos de pena

Autores de disparos recebem mais de 30 anos de pena

Foram absolvidos dois dos quatro réus julgados pela morte de um casal de jovens, de 21 e 24 anos, em abril de 2009, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. As investigações apontaram que os homicídios estariam relacionados à disputa pelo comando de um grupo com motivações neonazistas. O júri popular terminou no final da noite de sábado (22), após três dias de julgamento.

Os dois réus condenados receberam penas de mais de 30 anos de prisão, cada um. O júri reconheceu a pratica do duplo homicídio do casal Renata Weachter Ferreira e Bernardo Dayrell Pedroso. As vítimas estavam em uma festa, que teve como tema os 120 anos do nascimento de Adolf Hitler.

O Ministério Público sustenta que os acusados agiram para que o casal deixasse a chácara e seguisse de carro, com um dos acusados. O promotor de Justiça, Danilo Pinho, conta que o motorista do veículo foi um dos absolvidos.

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Naquela madrugada, outro veículo obrigou o automóvel das vítimas a parar no acostamento da BR-116, em Quatro Barras, também na Região Metropolitana de Curitiba. Os dois réus condenados saíram encapuzados do segundo carro, portando pistolas, e dispararam contra o casal. Os dois jovens morreram antes da chegada do resgate.

Além dos quatro réus, o cozinheiro Gustavo Wendler, que tinha 21 anos na época do crime, também chegou a ser denunciado pelo Ministério Público. Ele morreu em 2021, vítima de Covid-19. A esposa dele, que atualmente tem 38 anos, foi absolvida.

O auxiliar de indústria Jairo Maciel Fischer, de 36 anos de idade, que atirou contra Bernardo Pedroso, recebeu pena de mais de 32 anos de prisão; e o militar do Exército João Guilherme Correa, de 34 anos de idade, que atirou contra Renata Ferreira, recebeu pena de mais de 35 anos de prisão.

O mandante do crime, o coordenador de projetos e processos Ricardo Barollo, de 49 anos de idade, vai ser julgado em maio. A denúncia observa que ele é líder de um grupo neonazista e mandou matar Bernardo Pedroso porque a vítima era um “rival” dele.

Informações: Cleverson Bravo / David Musso

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