Rússia impõe condições e acordo de cessar-fogo no Mar Negro é incerto

A Rússia e a Ucrânia concordaram nesta terça-feira (25) com o primeiro cessar-fogo por escrito desde o início do conflito iniciado por Vladmir Putin em fevereiro de 2022. Mediada pelos EUA, a trégua interrompe ataques no Mar Negro, uma das principais rotas marítimas da Europa. O Kremlin, entretanto, colocou uma série de condições para que a negociação saia do papel.

A Casa Branca afirmou que houve um consenso para “garantir a navegação segura no Mar Negro; eliminar a aplicação da força na região; e evitar o uso de qualquer embarcação comercial para fins militares”.

Já o Kremlin, por outro lado, afirmou que só implementaria o acordo quando o Ocidente suspendesse as sanções bancárias e comerciais contra a produção de alimentos e fertilizantes russos.

Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram os bloqueios a Moscou já no início da guerra, em 2022. A normalização do comércio com o ocidente é considerada uma prioridade do líder russo, Vladimir Putin.

“Quando o presidente (Putin) diz: “somos a favor de um cessar-fogo, mas há nuances”… quem vai garantir que o regime nazista de Kiev não vai quebrar a promessa? Nós vamos precisar de garantias claras. E pode ser que essas garantias, levando em conta o histórico de Kiev, só sejam alcançadas com uma ordem direta de Washington a Zelensky e à equipe dele para fazer dessa maneira e não de outra”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O comunicado também prevê que os dois lados do conflito devem buscar um acordo para interromper os ataques à infraestrutura energética do inimigo.

No início do mês, Putin já havia feito um compromisso semelhante. Mas quebrou o acordo no próprio dia. E acusou a Ucrânia de fazer o mesmo.

“Esses são acordos iniciais. Eles (os EUA) não querem que a negociação caia. E por isso não há muitos detalhes na proposta,“ afirmou Zelensky.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Rússia impõe condições e acordo de cessar-fogo no Mar Negro é incerto no site CNN Brasil.

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