Descoberta arqueológica revela pinturas rupestres milenares no Tocantins

Cinco novos sítios arqueológicos com painéis de pinturas rupestres que podem ter até 2 mil anos foram identificados no Tocantins por pesquisadores da Universidade Estadual do Estado (Unitins), através do Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta).

Além dos sítios rupestres, a equipe do Nuta também identificou um sítio cerâmico em estado de vulnerabilidade. As descobertas foram realizadas durante pesquisas entre 2023 e 2024.

A pesquisa revelou diversos fatores que contribuem para a degradação dos sítios, incluindo: naturais, como erosão eólica e fluvial, desplacamento de rochas, descamação, exsudação, proliferação de fungos e intemperismo.

Também há os fatores antrópicos, como pichações, uso inadequado das áreas arqueológicas e queimadas, que se mostram um dos vetores mais críticos, intensificando os danos às superfícies rochosas e acelerando a deterioração das pinturas rupestres.

O Nuta está reunindo documentos para registrar os sítios no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), garantindo sua proteção legal e evitando possíveis danos.

O curador do Nuta, professor doutor Genilson Nolasco, enfatizou que a pesquisa para a preservação do patrimônio histórico e cultural da região é muito importate: “A ausência de registros detalhados sobre o estado de conservação desses sítios evidenciou a necessidade de um levantamento que permitisse avaliar os danos acumulados ao longo do tempo, compreender os principais vetores responsáveis por sua degradação e propor estratégias para minimizar esses impactos”.

Por conta da descoberta, os pesquisadores propuseram a adoção de medidas para a reservação física dos sítios, a promoção do conhecimento sobre esse patrimônio e sua importância para a ciência, educação, identidade cultural, turismo e história da região.

“A proteção desses sítios deve ir além da conservação material e ser compreendida como parte de um processo mais amplo de valorização do território e das práticas culturais que dele fazem parte”, ressalta o professor Nolasco.

O professor Nolasco também destaca a importância de proteger o solo circundante aos sítios, onde fragmentos de cerâmica, ferramentas líticas e restos de fogueiras podem fornecer informações adicionais sobre o contexto arqueológico.

Embora a estimativa seja de que as artes rupestres tenham até 2 mil anos, análises mais precisas são necessárias para confirmar a datação exata.

*Sob supervisão

Este conteúdo foi originalmente publicado em Descoberta arqueológica revela pinturas rupestres milenares no Tocantins no site CNN Brasil.

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