Conheça os Fatores de Risco, Sintomas e Tratamentos do Câncer Colorretal


Especialista da Santa Casa de Maceió alerta para a importância do diagnóstico precoce O câncer colorretal, conhecido como câncer de intestino, é uma doença fortemente relacionada a fatores de risco que podem ser tanto hereditários quanto oriundos de hábitos de vida inadequados. Apesar do diagnóstico precoce oferecer até 90% de chance de cura, o tumor segue como o terceiro que mais mata no Brasil.
Santa Casa
Santa Casa de Misericórdia de Maceió
O coordenador do Serviço de Endoscopia da Santa Casa de Maceió, Herbeth Toledo, alerta que fatores relacionados ao estilo de vida estão sendo observados com mais frequência. “Sedentarismo, obesidade, consumo de álcool e o tabagismo estão entre os hábitos que podem desencader a doença. Além disso, a alimentação também desempenha um papel crucial, especialmente o consumo de alimentos ultraprocessados e defumados”, disse.
Ainda segundo Toledo, nos últimos anos, estudos apontam o uso excessivo de antibióticos como um fator de risco relevante para o câncer colorretal, também conhecido como câncer de instestino. “O uso indiscriminado desses medicamentos, tanto no contexto humano quanto na pecuária, tem gerado preocupação devido à alteração da flora intestinal, o que pode contribuir para o desenvolvimento da doença. Um dos fatos mais marcantes na última década é a pesquisa genética para entender os fatores envolvidos no desenvolvimento do câncer colorretal e tratamentos específicos”, explicou o especialista.
Entre os sinais que sugerem a pesquisa do cancêr de intestino estão a perda de peso sem causa definida, anemia, e alteração do hábito intestinal – pessoa que evacuava normalmente e de repente passa a ter prisão de ventre, ou diarreia, ou alterna diarreia com constipação intestinal.
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“São sintomas que podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, o que dificulta o diagnóstico precoce”. Um exemplo comum é o paciente que chega ao consultório com queixa de sangramento e suspeita de hemorróidas. No entanto, é necessário um exame médico bem realizado, que deve incluir o toque retal, além de saber a história clínica detalhada do paciente”, destacou o médico.
Uma vez identificado o sangramento, o passo seguinte é realizar uma colonoscopia, que é o exame mais eficaz para avaliar o intestino grosso e o reto. “A pesquisa de sangue oculto nas fezes, embora seja um exame simples e acessível, não é suficiente para diagnosticar com precisão, pois pode indicar a presença de sangue em qualquer parte do trato gastrointestinal. Já a colonoscopia permite a visualização direta do interior do intestino, identificando pólipos, tumores, divertículos ou sinais de doenças inflamatórias intestinais, e, em muitos casos, permitindo tratar lesões durante o próprio exame”, afirmou Herbeth Toledo.
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Caso a doença tenha se instalado na parede intestinal, de forma mais invasiva ou envolveu os gânglios linfáticos, o tratamento cirúrgico se torna necessário. A cirurgia, combinada com tratamentos complementares, como quimioterapia, radioterapia e tratamentos imunobiológicos, representa a abordagem padrão para o câncer colorretal em estágios mais avançados.
CAMPANHA – Aumentar o diagnóstico precoce do câncer de intestino, garantir mais qualidade de vida aos pacientes e ampliar a margem de cura. o Esses são os principais objetivos da Campanha Março Azul – “Chegou a hora de Salvar a Sua Vida”, promovida pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia. A iniciativa busca reforçar a recomendação de exames para a detecção precoce do câncer de intestino a partir dos 45 anos.
Artur Gomes Neto
Diretor Técnico Médico
CRM-AL 2503/RQE 1874
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