Os Mambembes: viagem pela metalinguagem e os desafios do teatro

Os Mambembes: viagem pela metalinguagem e os desafios do teatro

Até onde uma trupe de teatro pode chegar para colocar uma peça em cena? Essa é a proposta de “Os Mambembes”, comédia que é uma releitura do drama de mesmo nome de Artur Azevedo, escrito em 1904. A obra abriu a 33ª edição do Festival de Curitiba no Teatro Positivo na última segunda-feira (24).

Conduzido por um cenário cheio de formas, que é adaptado ao longo do espetáculo, o público viaja com uma companhia itinerante pelo Brasil. O enredo traz a história de um empresário em busca da “primeira-dama” da trupe e, após encontrá-la, embarca com o grupo pelo país. 

Ao mostrar os desafios de se viver pela arte e até os conflitos com autoridades, a peça faz uso de metalinguagem, ou seja, apresenta no teatro como é a vida de quem vive do teatro.

O elenco conta com artistas renomados como Cláudia Abreu, Deborah Evelyn, Julia Lemmertz, Leandro Santanna, Orã Figueiredo, Paulo Betti e o músico Caio Padilha.

Os atores se revezam na interpretação de diferentes papéis e mostram versatilidade em cena. A sintonia do grupo contribui para um entendimento mais profundo da história e permite que o público se conecte com os personagens. 

Durante o espetáculo, o teatro se torna mais desafiador para cada artista, mas eles superam os obstáculos e provam que sabem atuar em qualquer situação. Em um dos atos, as luzes se apagam e o palco é iluminado apenas por lanternas. Mesmo assim, o elenco segue atuando com a mesma intensidade.

Em apresentação única em Curitiba, por causa da agenda do grupo teatral, a obra recebeu aplausos de pé de mais de quatro mil pessoas. Além disso, pela primeira vez, a encenação ocorreu em um teatro fechado, visto que, anteriormente, a peça foi apresentada apenas em praças e espaços públicos de nove cidades do Brasil.

Colaboração: Matheus Karam, aluno UP

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