
O número de pessoas privadas de liberdade com trabalho DOBROU nos últimos cinco anos, segundo o sistema penal do Paraná. Em 2018, o volume era de 6.150. Já em 2024 subiu para um total de 13.086 apenados distribuídos em 1.025 canteiros de trabalho.
Segundo o diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini, as atividades reduzem os custos operacionais e também oferecem uma oportunidade de qualificação e reintegração no mercado de trabalho.
Os trabalhos exercidos se enquadram em manutenção na lavanderia, limpeza, jardinagem e até mesmo na produção de blocos de concreto, uniformes e chinelos. A remuneração pode variar entre R$ 84,00 e 75% do salário mínimo, dependendo da função e qualificação do apenado.
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Para os monitorados, que cumprem pena em casa com tornozeleira eletrônica, a remuneração é de 100% do salário mínimo, já para os apenados em regimes fechado e semiaberto, o pagamento é de 75% do salário mínimo nacional, sendo 25% do valor destinado ao Fundo Penitenciário do Paraná e 75% destinado a uma conta poupança do apenado.
Deste valor, 80% podem ser retirados pelos familiares da PPL, enquanto que os 20% restantes na poupança são liberados somente após a liberdade do custodiado.
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Em 2024, o valor arrecadado dos trabalhos realizados nas detenções foi de R$11,2 milhões. Já em 2025, o valor arrecadado ultrapassa os R$928 mil. O dinheiro é direcionado ao Fundo Penitenciário do Paraná que serve para remunerar os apenados e para a compra de equipamentos necessários para exercer as atividades.
Reportagem: Pâmela Fernandes com supervisão de Juliana Goss.