
Os descendentes de italianos que moram no exterior terão mais dificuldades para obtenção de cidadania após o governo da Itália anunciar mudanças no processo. Na última sexta-feira, um decreto do governo italiano, assinado pelo ministro Antonio Tajani, impôs uma maior rigidez ao processo de requisição de cidadania por parte de descentendes.
A medida visa restrigir o direito à cidadania automática a apenas duas gerações: ou seja, terão esse direito apenas filhos ou netos de italianos natos. O número de italianos nascidos ou residentes no exterior aumentou 40% nos últimos dez anos.
Veja mais: Celulares roubados passam a receber mensagens do Governo Federal
Na América do Sul, o número de descendentes com nacionalidade reconhecida passou de 800 mil para mais de dois milhões nas duas últimas décadas.
Para o Delegado da Guarda de Honra da Itália, Filippo Marcon, o decreto tem início imediato e é retroativo.
Segundo o delegado, o decreto que pode apresentar pontos de insconstitucionalidade é discutido entre parlamentares
Veja mais: Semana começa com 24 mil vagas nas Agências do Trabalhador
Para Filippo Marcon, se este decreto-lei for mantido, as pessoas que já iniciaram o processo de pedido de cidadania serão afetadas.
O decreto tem força de lei e é válido por 60 dias. O parlamento italiano tem este tempo para analisá-lo e decidir por sua manutenção ou descarte.
Reportagem: Felipe Dutra