Caso Vitória: Saiba quais pontos a polícia ainda busca esclarecer

A Polícia Civil segue trabalhando para desvendar detalhes importantes da morte da jovem Vitória Regina de Sousa, executada em Cajamar no começo do mês de março.

Mesmo com o indiciamento de Maicol Antônio Sales dos Santos, único de suspeito de ter cometido o crime, dúvidas ainda permanecem no ar e trazem um ar de questionamento ao real desfecho da história.

Quem participou do crime?

Uma das principais questões que envolvem o caso é se Maicol teria agido sozinho ou se mais alguma pessoa participou do crime. No dia 17 de março, o acusado confessou o crime na Delegacia de Cajamar, mas o processo envolveu uma série de polêmicas, como a ausência dos seus advogados, convocação do presidente da OAB local e o depoimento de confissão sendo colhido durante a madrugada.

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A confissão é válida?

Sobre a confissão, os advogados questionam a sua legalidade e afirmam que o artigo 18 da lei de abuso de autoridade proíbe submeter presos a interrogatório policial durante o repouso noturno, tornando o procedimento nulo. Um áudio vazado dias após a confissão, mostra Maicol falando que havia sido forçado a “inventar” uma história, diante de ameaças a ele e a seus familiares.

A preocupação dos investigadores é que a justiça decida pela anulação do depoimento, o que geraria um retrocesso importante na definição do caso.

Os exames periciais vão colocar novas pessoas na cena do crime?

Entre os pontos de questionamento da investigação estão, em especial, os resultados dos exames periciais que foram feitos e ainda não estão prontos. O sangue encontrado no porta-malas do veículo Corolla de Maicol, caso seja comprovado que ele é de Vitória, colocaria de uma vez por todas o acusado como executor da jovem.

Há, ainda, a possibilidade de amostras colhidas no veículo e na casa de Maicol apontarem para outras pessoas, o que faria com que a investigação ganhasse novos desdobramentos. Mesmo que isso não fique claro no discurso dos policiais, ainda não está descartada a participação de outras pessoas no crime e de outras possíveis vítimas do acusado pela execução.

Como será a reconstituição?

A reconstituição do crime está marcada para o dia 10 de abril de 2025, a partir das 9h, em Cajamar. No entanto, a Justiça de São Paulo proibiu que haja a obrigatoriedade de que Maicol participe do momento. Diante disso, a presença dele – ou não – vai depender da sua própria vontade e dos seus advogados.

Sem ele, a investigação teme que poucos elementos novos sejam analisados, o que faria com que a reconstituição fosse feita em vão, sem maiores colaborações.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Vitória: Saiba quais pontos a polícia ainda busca esclarecer no site CNN Brasil.

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