Empresária suspeita de tentar comprar bebê tinha pedido ajuda a funcionária para encontrar criança: ‘Se for menino, melhor ainda’


Segundo o delegado, funcionária morava com a mãe e o padrasto do bebê e foi a responsável por intermediar a situação.Quatro pessoas foram presos em flagrante por tráfico de pessoas. Empresária suspeita de tentar comprar bebê pediu ajuda a funcionária para encontrar bebê
A empresária que foi presa suspeita de tentar comprar um bebê em Goiânia pediu ajuda a funcionária para encontrar uma criança. Em troca de mensagens por aplicativo, a mulher pediu para a funcionária encontrar uma grávida para dar o filho para ela e descreveu como gostaria que a criança fosse.
“Arruma uma ‘buchuda’ para me dar o filho. Se for menino, melhor ainda. Se for preto então, melhor ainda”, dizia a empresária na mensagem. A funcionária ainda respondeu: “Vai no Maranhão com uma caminhonete que tu traz a carroceria cheia”.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia e, por isso, o g1 não obteve contato da defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
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A empresária, a funcionária, a mãe do bebê e o companheiro dela foram presos em flagrante por tráfico de pessoas neste domingo (30), em Goiânia, após uma denúncia anônima. De acordo com o delegado Humberto Teófilo, a funcionária da empresária morava com o casal, dividindo um apartamento, e foi a responsável por intermediar a situação.
Empresária é presa suspeita de tráfico de pessoas ao comprar bebê em Goiânia
Reprodução/TV Anhanguera
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Depoimento
Na delegacia, o companheiro da mãe da criança ficou em silêncio, a empresária e a funcionária negaram a acusação. Segundo o delegado, a empresária negou toda a situação e a compra da criança, alegando que estava lá apenas para cuidar da criança e queria devolver no mesmo dia. A funcionária disse que não houve venda, que estava cuidando da criança e que iria devolver até a noite.
“A mãe confessou, contou toda a história que realmente ofereceram uma quantia em dinheiro para ela entregar o bebê, porque com o dinheiro ela ia pagar o aluguel no outro local que ela ia morar e ia fazer um curso de culinária”, informou o delegado.
A empresária não chegou a transferir o valor, mas a mãe informou que receberia nos próximos dias. O investigador informou que a empresária está cadastrada no Banco Nacional de Cadastro de Adoção. “Entretanto, ela não prosseguiu nos trâmites de ter a legitimidade para adotar, não entrou na fila”, explicou.
Teófilo informou que os quatros foram presos por tráfico de pessoas e passaram por audiência de custódia nesta segunda-feira (31). O g1 entrou em contato para saber se os quatros permanecem presos, mas sem resposta até a última atualização desta reportagem. A criança foi entregue para o Conselho Tutelar que a encaminhou para um abrigo.
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