Tebet: tarifas de Trump preocupam, mas Brasil está preparado para responder

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que vê com preocupação as medidas que serão anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (2) e que devem afetar o Brasil.

Mesmo assim, a ministra afirmou que o tema “não pega de surpresa” e que o país tem experiência em lidar com o tema por meio da diplomacia.

“Sem dúvida nenhuma [vemos] com preocupação. O governo ou o país que não vê essa questão com preocupação não entende o que está se passando na nova ordem mundial que os Estados Unidos querem implantar“, afirmou a ministra após participar de solenidade dos 60 anos do Banco Central nesta quarta.

Mesmo assim, ela ressaltou que o país vê a situação com “muita serenidade” e vai resolver com diplomacia.

“O Brasil tem maturidade, tem diplomacia, tem vice-presidente que é ministro de indústria e comércio absolutamente equilibrado para levar essa agenda adiante”, disse.

“Nós já vimos esse filme antes. Isso requer diplomacia. O Brasil sabe conduzir momentos como este”, disse.

A ministra alertou que as medidas teriam impacto global, em especial na inflação mundial, podendo resultar em uma retração econômica e perdas de emprego.

Sobre a capacidade de resposta brasileira, Tebet destacou a diversificação econômica. Para ela, comparado ao passado, hoje só o agronegócio tem muita diversidade e avanço muito grande na agroindústria.

“Isso tudo pesa positivamente a favor do Brasil”.

Ela ainda citou as novas parcerias comerciais com China, mercado asiático e Europa como fatores de proteção contra os efeitos das tarifas.

Questionada sobre o projeto de lei da reciprocidade, aprovado pelo Senado Federal nesta terça-feira (1º), e que deve avançar na Câmara ainda nesta semana, a ministra afirmou que significa uma forma de tomar uma postura cautelosa.

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