
De janeiro a março deste ano, o Paraná registrou 12.945 casos e 62 mortes por Covid-19. O número de óbitos é três vezes maior do que as mortes registradas por dengue no mesmo período no Estado, onde foram registradas 19 mortes. Os dados fazem parte de um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) e alertam para a importância da vacinação contra a Covid-19, mesmo após o fim da pandemia. No ano passado o Paraná registrou 277 mortes, números ainda muito altos.
O secretário Estadual da Saúde, Beto Preto, reforça que o agravamento dos casos de Covid-19 pode ser prevenido com a imunização.
A vacina que previne a doença está disponível em todo o Estado e a população deve ficar atenta para manter o reforço do imunizante no período indicado para cada grupo. A vacina é indicada para crianças de seis meses a menores de cinco anos com duas e três doses, dependendo do fabricante do imunizante disponível.
Os idosos acima de 60 anos precisam tomar duas doses por ano, gestantes com uma dose por gestação e grupos especiais com uma dose por ano e a população em geral de cinco a 59 anos de idade precisam de uma dose por ano. Dentre os óbitos, 51 são de idosos.
Dois deles não tinham nenhum registro de vacina; 49 tinham tomado pelo menos uma dose, mas apenas quatro tinham vacinas registradas nos primeiros meses de 2024, ou seja, todos os óbitos nesta faixa etária não estavam com a dose de reforço em dia, e, portanto, estavam desprotegidos segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
Três mortes foram na faixa etária de 20 a 49 anos, um com vacina em 2021, outro em 2022 e outro em 2024. Na faixa etária de 50 a 59 anos, quatro pessoas morreram, todas elas não tinham vacinas registradas desde 2022.
Os quatro óbitos de crianças (três de 1 a 4 anos e um de 11 meses de idade) não tinham registro de vacina.
Reportagem: Juliano Couto