A carreira do goleiro Manga, que morreu nesta terça-feira (8), aos 87 anos, ficou marcada pelas grandes defesas e pelas passagens vitoriosas por clubes do Brasil e do exterior, sendo considerado um dos grandes arqueiros da história do futebol brasileiro.
Contudo, apesar dos feitos como camisa 1, Haílton Corrêa de Arruda também teve o seu dia de artilheiro. Foi com a camisa do Nacional em 30 de maio de 1973, numa época em que ver goleiros balançando as redes adversárias era ainda mais raro do que nos dias de hoje.
O clube uruguaio enfrentava o Racing, também do Uruguai, pelo torneio amistoso Copa Ciudad de Montevideo, no Estádio Centenario. A equipe tricolor já vencia por 6 a 0 quando, aos 41 minutos do segundo tempo, Manga deu um chutão para frente.
A bola pegou velocidade e pingou na frente de Posadas, arqueiro do Racing, que foi surpreendido pelo quique e acabou encoberto. Um companheiro de Manga quase aproveitou o lance para marcar, mas deixou que a bola entrasse sozinha.
“Um atacante tricolor, Calcaterra, vinha acompanhando a jogada. E ele poderia ter definido o lance, mas logo percebeu a importância histórica do que estava por acontecer. Deixou que a bola seguisse seu caminho até a rede”, relata o diário El País.
Com o gol do goleiro brasileiro, o único de sua carreira, o Nacional fechou a goleada por 7 a 0, até hoje a maior do confronto entre os dois times.
-
1 de 8Os dedos quebrados de Manga viraram marca do jogador • Reprodução / Botafogo
-
2 de 8Manga como goleiro da Seleção Brasileira em 1966 • Reprodução / CBF
-
3 de 8Manga foi goleiro do Internacional • Reprodução / Internacional
-
-
4 de 8Manga com o time do Botafogo em 1961 • Reprodução / Botafogo
-
5 de 8Goleiro Manga, ídolo do Botafogo • Reprodução / Botafogo
-
6 de 8Elenco do Botafogo em 1962 com o goleiro Manga • Reprodução / Botafogo
-
-
7 de 8Botafogo homenageou Manga em seus aniversários • Reprodução / Botafogo
-
8 de 8Manga, ídolo do Botafogo • Reprodução/X Botafogo
Ídolo do Botafogo e do Inter no Brasil, Manga se tornou um dos grandes da história do Nacional ao liderar o arco da equipe nas conquistas da Libertadores e do Mundial em 1971. Além dos títulos internacionais, também foi tetracampeão uruguaio pelo clube, que lamentou a morte do ex-jogador.
“O Club Nacional de Football lamenta profundamente o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, o “Manga”. Aos seus familiares, amigos e chegados, o abraço mais forte”, publicou o Nacional nas redes sociais.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Manga, célebre pelas defesas, também teve seu dia de artilheiro no site CNN Brasil.