A Polícia Civil do Distrito Federal encerrou, nesta terça-feira (8), as investigações sobre o desaparecimento do servidor do Ministério da Saúde, Joselito Costa Malta, de 59 anos.
O homem estava desaparecido desde o dia 11 de março, quando o carro dele foi encontrado queimado. As investigações resultaram na localização do corpo da vítima e na prisão do autor do crime.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi assassinada por Elson Teodoro dos Santos, conhecido como Chacal. Ele prestava serviços de eletricista e pedreiro para Joselito e a dupla se conhecia há pelo menos 12 anos. O suspeito foi preso na última sexta-feira (4).
O desaparecimento de Joselito foi registrado pela sobrinha, a pedido da filha da vítima, que mora em outro estado e mantinha contato com o pai diariamente. Ela deixou de ter contato com o pai no dia 11.
No entanto, a filha afirmou que em um aplicativo de troca de mensagens o contato ainda estava online, o que chamou atenção. Os colegas do Ministério da Saúde também notaram a ausência de Joselito que, apesar de trabalhar de forma remota, não acessava o sistema desde a data do crime.
A investigação indicou que Elson tinha interesse em comprar um carro da vítima há cinco anos. Em 11 de março, no dia do desaparecimento, o suspeito foi à casa de Joselito, na região do Vale do Amanhecer, em Planaltina, para fazer um serviço de eletricista, já com planos de roubar o veículo.
De acordo com a polícia, ao chegar na casa do servidor público, o criminoso percebeu que o carro tinha sido vendido. Ainda segundo a investigação, Chacal matou Joselito por conta da venda, com golpes de marreta na cabeça, se livrou do corpo em um matagal e depois foi para casa.
A PCDF afirma que o autor do crime limpou a casa, na tentativa de apagar as possíveis evidências. Ele então cozinhou, bebeu cerveja e foi embora com outro carro da vítima, um Ford Ka. A Polícia Civil apurou que o criminoso teve ajuda do filho, de 17 anos, e que ficaram com o carro até o dia 17 do mês. Testemunhas relataram ter visto pai e filho usando o Ford Ka.
O delegado responsável pelo caso, Veluziano de Castro, explicou que a vítima ofereceu o Golf amarelo ao assassino, mas ele não tinha dinheiro e chegou a oferecer serviços em troca do veículo, mas Joselito não aceitou. Além disso, o servidor, ao procurar pelo eletricista junto a ex-esposa, foi alertado que o autor do crime teria começado a usar drogas constantemente.
“O próprio autor [do crime] disse que a vida dele começou a desandar desde a separação. De lá para cá, ele passou a fazer uso de drogas e, para sustentar o vício, acabou cometendo furtos na região de Planaltina”, explicou o delegado.
A PCDF representou pela prisão de Elson e o pedido foi aceito pela Justiça na última quinta-feira (3). O homem foi localizado com o filho na sexta-feira (4). Na delegacia, confessou o crime e indicou o local onde deixou o corpo de Joselito. As investigações ainda estão em andamento para esclarecer os detalhes e apurar a participação dos envolvidos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Servidor do Ministério da Saúde foi morto no DF por venda de carro no site CNN Brasil.