Ano passado, o governador Cláudio Castro anunciou a instalação de câmeras que prometiam revolucionar a segurança pública. O cronograma garantia que a primeira leva de equipamentos estaria operando em três meses, entretanto, a compra foi cancelada. Processo de compra de câmeras para viaturas da PM do RJ é retomado após meses parado
Após meses parado, o processo de compra de câmeras para viaturas da polícia do Rio voltou a andar. A instalação dos equipamentos, segundo um cronograma divulgado há um ano, estava prevista para acontecer em três meses.
O cronograma só voltou a andar depois que o Supremo Tribunal Federal aprovou, semana passada, uma série de medidas estruturais voltadas ao combate à letalidade policial e ao crime organizado no Rio de Janeiro. Uma das medidas determinadas foi justamente a instalaão de câmeras em viaturas de polícia em até seis meses. Somente carros usados em investigações ficam de fora dessa decisão.
Ano passado, o governador Cláudio Castro anunciou a instalação de câmeras que prometiam revolucionar a segurança pública. O cronograma garantia que a primeira leva de equipamentos estaria operando em três meses, entretanto, a compra foi cancelada. Agora, com a determinação do STF, o cancelamento foi suspenso e o processo voltou a andar.
Desde 2009, uma lei estadual determina que câmeras sejam instaladas nas viaturas das forças de segurança, mas apenas uma minoria recebeu o equipamento. Em 2018, representavam apenas 24% da frota. Hoje, segundo a Secretaria de Segurança do Estado do RJ, nenhuma viatura tem câmera em funcionamento.
A principal prova contra dois policiais em uma investigação que apurava a execução de um adolescente, em 2014, veio das imagens de câmeras instaladas em um carro da Polícia Militar.
Os PMs haviam apreendido três menores de idade, no centro, suspeitos de furto. Os meninos foram levados para o Sumaré, e um deles foi encontrado morto com tiros na cabeça.
O segundo também foi baleado, mas sobreviveu porque se fingiu de morto. O terceiro foi liberado. Em 2017, os cabos Fábio Magalhães Ferreira e Vinícius Lima Vieira foram condenados.
Cláudio Castro gravou um vídeo explicando o investimento na compra das câmeras no Palácio Guanabara.
“Uma grande novidade que vai revolucionar a segurança pública do Rio de Janeiro. Serão duas câmeras fora e uma câmera dentro da viatura com monitoramento de placa, monitoramento facial, inteligência artificial. São mais de 5,8 mil viaturas que vão ter essas câmeras, investimento de R$236 milhões”, disse o governador.
A etapa inicial previa 1,2 mil veículos equipados em 90 dias, o que não aconteceu.
O RJ2 apurou que a licitação foi concluída em março do ano passado e homologada no mês seguinte, mas o processo ficou parado.
Em setembro, a Secretaria da Casa Civil cancelou a compra dos equipamentos. O argumento apresentado foi a proposta de uma nova compra, que incluiria também câmeras corporais.
Em dezembro, a empresa vencedora da primeira licitação entrou com um recurso, alegando que o cancelamento da ata foi decidido com argumentos genéricos e subjetivos. Em fevereiro, a Secretaria da Casa Civil deu parecer favorável e revogou o cancelamento da compra.
Somente em 4 de abril, um dia depois do julgamento da ADPF das favelas no Supremo, a Secretaria de Polícia Militar pediu ao setor de tecnologia da corporação a elaboração de um cronograma para a instalação das câmeras.
Cerca de um ano depois do anúncio da compra dos equipamentos, um cronograma vai começar a ser preparado.
“O atraso se deu por uma questão tecnológica. O governo sempre procura buscar o que há de melhor em tecnologia. Hoje, as câmeras corporais, no que diz respeito à tecnologia, são as melhores do mundo. A tecnologia que se pretende colocar nas viaturas é a mesma, para que haja essa compatibilidade”, afirma Victor Santos, secretário de Segurança Pública do RJ.
Foi perguntado ao secretário se, antes do início de um plano como esse, não seria melhor verificar se os programas eram compatíveis, das câmeras corporais e das câmeras das viaturas.
“Na realidade, foi durante esse período que foi detectado. Aquele equipamento não era compatível com o que nós tínhamos”, respondeu Santos.
O secretário disse que ainda não é possível saber se o governo vai cumprir o prazo dado pelo Supremo de seis meses para instalar todas as câmeras.
“Nós vamos trabalhar para 180 dias. Imagine mais de 2,8 mil carros da Polícia Militar que estão trabalhando. Para retirar um carro que está na área de policiamento para instalar uma câmera, que não é rápido, e colocar de volta, existe uma operação que é muito complexa”, explicou o Santos.
Após meses parado, o processo de compra de câmeras para viaturas da polícia do Rio voltou a andar. A instalação dos equipamentos, segundo um cronograma divulgado há um ano, estava prevista para acontecer em três meses.
O cronograma só voltou a andar depois que o Supremo Tribunal Federal aprovou, semana passada, uma série de medidas estruturais voltadas ao combate à letalidade policial e ao crime organizado no Rio de Janeiro. Uma das medidas determinadas foi justamente a instalaão de câmeras em viaturas de polícia em até seis meses. Somente carros usados em investigações ficam de fora dessa decisão.
Ano passado, o governador Cláudio Castro anunciou a instalação de câmeras que prometiam revolucionar a segurança pública. O cronograma garantia que a primeira leva de equipamentos estaria operando em três meses, entretanto, a compra foi cancelada. Agora, com a determinação do STF, o cancelamento foi suspenso e o processo voltou a andar.
Desde 2009, uma lei estadual determina que câmeras sejam instaladas nas viaturas das forças de segurança, mas apenas uma minoria recebeu o equipamento. Em 2018, representavam apenas 24% da frota. Hoje, segundo a Secretaria de Segurança do Estado do RJ, nenhuma viatura tem câmera em funcionamento.
A principal prova contra dois policiais em uma investigação que apurava a execução de um adolescente, em 2014, veio das imagens de câmeras instaladas em um carro da Polícia Militar.
Os PMs haviam apreendido três menores de idade, no centro, suspeitos de furto. Os meninos foram levados para o Sumaré, e um deles foi encontrado morto com tiros na cabeça.
O segundo também foi baleado, mas sobreviveu porque se fingiu de morto. O terceiro foi liberado. Em 2017, os cabos Fábio Magalhães Ferreira e Vinícius Lima Vieira foram condenados.
Cláudio Castro gravou um vídeo explicando o investimento na compra das câmeras no Palácio Guanabara.
“Uma grande novidade que vai revolucionar a segurança pública do Rio de Janeiro. Serão duas câmeras fora e uma câmera dentro da viatura com monitoramento de placa, monitoramento facial, inteligência artificial. São mais de 5,8 mil viaturas que vão ter essas câmeras, investimento de R$236 milhões”, disse o governador.
A etapa inicial previa 1,2 mil veículos equipados em 90 dias, o que não aconteceu.
O RJ2 apurou que a licitação foi concluída em março do ano passado e homologada no mês seguinte, mas o processo ficou parado.
Em setembro, a Secretaria da Casa Civil cancelou a compra dos equipamentos. O argumento apresentado foi a proposta de uma nova compra, que incluiria também câmeras corporais.
Em dezembro, a empresa vencedora da primeira licitação entrou com um recurso, alegando que o cancelamento da ata foi decidido com argumentos genéricos e subjetivos. Em fevereiro, a Secretaria da Casa Civil deu parecer favorável e revogou o cancelamento da compra.
Somente em 4 de abril, um dia depois do julgamento da ADPF das favelas no Supremo, a Secretaria de Polícia Militar pediu ao setor de tecnologia da corporação a elaboração de um cronograma para a instalação das câmeras.
Cerca de um ano depois do anúncio da compra dos equipamentos, um cronograma vai começar a ser preparado.
“O atraso se deu por uma questão tecnológica. O governo sempre procura buscar o que há de melhor em tecnologia. Hoje, as câmeras corporais, no que diz respeito à tecnologia, são as melhores do mundo. A tecnologia que se pretende colocar nas viaturas é a mesma, para que haja essa compatibilidade”, afirma Victor Santos, secretário de Segurança Pública do RJ.
Foi perguntado ao secretário se, antes do início de um plano como esse, não seria melhor verificar se os programas eram compatíveis, das câmeras corporais e das câmeras das viaturas.
“Na realidade, foi durante esse período que foi detectado. Aquele equipamento não era compatível com o que nós tínhamos”, respondeu Santos.
O secretário disse que ainda não é possível saber se o governo vai cumprir o prazo dado pelo Supremo de seis meses para instalar todas as câmeras.
“Nós vamos trabalhar para 180 dias. Imagine mais de 2,8 mil carros da Polícia Militar que estão trabalhando. Para retirar um carro que está na área de policiamento para instalar uma câmera, que não é rápido, e colocar de volta, existe uma operação que é muito complexa”, explicou o Santos.