O show é conduzido por atores vestidos como operários, com macacões e capacetes de obra, que montam o elefante diante do público. A estrutura, feita de embalagens plásticas reaproveitadas, também utiliza madeira, alumínio e diversos tipos de cola.
“No final das contas foi um conjunto, o grupo inteiro trabalhou bastante nisso para que fizesse esse elefante”, contou o ator e manipulador Mauro Carvalho, destacando que o processo de criação levou cerca de seis meses, com envolvimento diário da equipe desde o desenho à confecção final. A escolha do plástico, segundo Mauro, também não foi à toa: além de ser um material reciclável, ele representa a poluição dos oceanos e provoca uma reflexão sobre o impacto ambiental.
O elefante é movido por uma bicicleta acoplada e por atores que operam o mecanismo internamente, dando vida ao animal de forma surpreendente. Em cima dele, bonecos ajudam a contar uma história, enquanto os artistas cantam e dançam, guiando o público por uma experiência visual e sensorial.
Embora o espetáculo chame bastante a atenção das crianças, que assistem tudo com os olhos brilhando, Elefanteatro carrega uma mensagem potente. Segundo Ju Abreu, produtora da peça, a proposta é abordar a questão migratória, dando visibilidade às pessoas que precisam se deslocar de suas cidades ou países em busca de trabalho e melhores condições de vida.
Com um visual impressionante, uma trilha sonora envolvente e temas urgentes, Elefanteatro é mais do que um espetáculo de rua, é uma performance que sensibiliza, encanta e provoca.
Serviço:
- Data: 05/04
- Local: Passeio Público – R. Presidente Carlos Cavalcanti, s/n – Centro, Curitiba – PR
- Classificação: Livre
- Próxima apresentação: 06/04 – 14:30h – Teatro da Vila, Davi Xavier da Silva, 451, CIC
Colaboração: aluna Universidade Positivo Treicy Armstrong Nhemihes, com supervisão dos professores
