
As provas contra a médica Virgínia Soares de Souza, acusada de antecipar a morte de pacientes na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba, foram anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça.
A decisão da 5ª turma saiu na noite desta terça-feira (8) e vale para os 1.679 prontuários médicos que foram apreendidos. Eles não poderão ser mais usados no processo.
A médica é acusada de antecipar a morte de sete pacientes.
Virginia Soares de Souza foi presa em fevereiro de 2013 durante uma operação realizada pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) para apurar mortes suspeitas de pacientes que passaram pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba. Na época, a médica chefiava a unidade.
A investigação feita pelo núcleo levou em conta sete óbitos registrados no local. Um policial infiltrado como enfermeiro na UTI geral do estabelecimento ajudou a colher provas para a concretização do inquérito, que foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná.
De acordo com as investigações, os pacientes foram mortos por asfixia, com uso do medicamento Pavulon, que paralisava a respiração. Atualmente a médica responde ao processo em liberdade.
Em nota, a defesa afirma que com essa decisão, “a defesa obteve um significativo avanço, o que pode resultar no arquivamento de todos os procedimentos”.
Informações: Lorena Pelanda