
Presidente discursa no encontro de países latino-americanos e caribenhos. Honduras passa para Colômbia comando rotativo do fórum regional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quarta-feira (9), em Honduras, da cúpula dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Lula é um dos chefes de Estado e governo que foram até Tegucigalpa, capital hondurenha, para o encontro dos representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe.
Lula durante Cúpula da Celac em Honduras
Ricardo Stuckert/PR
O presidente viajou na terça-feira (8), após acertar por telefone a demissão do deputado Juscelino Filho (União Brasil-MA) do Ministério das Comunicações.
Juscelino foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em uma investigação sobre desvio de emendas. Ele nega irregularidades.
Integração regional
A presidente de Honduras, Xiomara Castro, recepcionou os presidentes e primeiros-ministros que foram ao encontro no qual o comando rotativo da Celac passará à Colômbia, representada na cúpula pelo presidente Gustavo Petro.
A reunião desta quarta é realizada em um momento de guerra de tarifas econômicas provocada pelas taxas anunciadas pelo governo de Donald Trump. O Brasil, por exemplo, foi taxado em 10% para venda de produtos aos Estados Unidos.
Trump eleva para 125% tarifas contra China
Chanceleres
Na véspera da cúpula, os chanceleres dos países da Celac fizeram uma reunião, também em Tegucipalda.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, destacou em seu discurso a relevância do fortalecimento do grupo regional em um mundo marcado “por crescentes tensões geopolíticas e pelo refluxo do unilateralismo e do protecionismo”.
Vieria citou que neste ano deve ser realizada um encontro entre Celac e China – a cúpula está prevista para maio – e defendeu ampliar o diálogo com a União Europeia.
O chanceler também apresentou a ideia de articular uma candidatura latina e caribenha para o cargo de secretário-geral da ONU – o mandato de António Guterres se encerra em 2026.
Vieira defendeu a escolha de uma candidata mulher. A ONU nunca teve uma mulher no cargo de secretário-geral.