A intensa temporada de chuvas, que começou na Bolívia em novembro de 2024, provocou fortes inundações na região nordeste do Departamento de Beni, danificando casas e plantações, o que deixou diversos moradores em situação de emergência.
O país sul-americano foi atingido por algumas das chuvas mais intensas em 40 anos, que destruíram plantações de soja e fazendas. Os estragos colocaram em risco as exportações e elevaram os preços dos alimentos locais.
Edilberta Huaginoe, uma das moradoras afetadas pelas enchentes, disse que não é possível recuperar nada do que foi perdido, pois tudo ficou submerso na água: “A plantação de arroz já está submersa; as bananas e a mandioca estão debaixo d’água e não podemos recuperá-las porque afundaram muito. Agora é aqui que iremos dormir até a água baixar”, relatou.
Já em cidades como Puerto Almacen e Puerto Ballivian, famílias inteiras abandonaram suas casas, buscando refúgio em abrigos improvisados à beira da estrada. Mayra Peralta, que agora se abriga com os filhos no local, relata que não há mais como voltar para a região “porque todos os dias o volume da água aumenta”.
Especialistas dizem que as mudanças alteraram os padrões climáticos, atrasando as chuvas e tornando-as mais intensas. As enchentes já atingiram 590 mil famílias e mataram pelo menos 55 pessoas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Enchentes deixam casas submersas na Bolívia no site CNN Brasil.