
A guerra tarifária entre os Estados Unidos e China, com aumento das taxas de importação, representa uma janela de oportunidade para o Paraná. É o que afirma Ratinho Junior.
Após troca de anúncios de novas altas pelos presidentes dos dois países, o governador do estado afirmou que o Paraná tem se destacado no mercado global, sobretudo na venda de produtos alimentícios.
Em 2024, as exportações de alimentos e bebidas tiveram como destino 176 países diferentes que rendeu às empresas instaladas no Estado uma receita de US$ 14,2 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
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Os produtores de soja podem ser os maiores beneficiados pelas mudanças a partir do aumento da demanda chinesa por mercados alternativos, tendo em vista que o país anunciou uma tarifa de importação de 84% sobre os produtos americanos.
Atualmente, a soja e os seus derivados já representam a maior fatia das exportações paranaenses, com US$ 5,3 bilhões em vendas do grão.
Outro produto que deve atrair mais a atenção dos compradores chineses é a carne de frango in natura do Paraná, que totalizou US$ 739 milhões em vendas, no ano passado, o equivalente a 12,4% das exportações para o país.
A indústria de produção agroflorestal paranaense, que se destaca pela produção de madeira de reflorestamento, um insumo muito procurado pelos norte-americanos, também é um segmento que pode crescer a partir do novo cenário global.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam o bom momento da indústria madeireira do Paraná, que registrou o maior crescimento do país em 2024, com alta de 12,4% em relação ao ano anterior.
Reportagem: Marlon Santiago