Proposta de plano de carreira da Educação é finalizado com previsão de salários de até R$ 14,9 mil para professores efetivos do Tocantins


Proposta agora será analisada por outras áreas do governo antes do envio para Assembleia Legislativa do Estado (Aleto). Novo PCCR terá um impacto financeiro de R$ 150.538.392,58 anuais aos cofres públicos. Secretaria de Estado da Educação do Tocantins
Mari Rios/Governo do Tocantins/Divulgação
A proposta do novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Educação (PCCR) prevê um salário inicial de R$ 5.885,28 para os professores efetivos e estabilizados no Tocantins. Ao fim da carreira, o docente poderá ter uma remuneração de R$ 14.992,86. Os números estão na proposta que foi finalizada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
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Segundo o governo, 3 mil professores de todas as regiões do Tocantins participaram da construção do documento, em plenárias presenciais, e nas 13 superintendências regionais de educação. A proposta agora será analisada por outras áreas do governo, como a Secretaria de Estado da Administração (Secad), antes do envio para Assembleia Legislativa do Estado (Aleto).
A previsão do governo é de que a proposta seja encaminhada para a Aleto ainda em 2025.
“O último PCCR é de 2014. São 10 anos de distorções e este é o início do processo de uma reparação histórica. Realizamos as plenárias, onde ouvimos os anseios dos nossos professores, discutimos as sugestões com o Sintet e reformulamos a proposta. Vamos aguardar a devolutiva das demais pastas e seguimos confiantes de que o PCCR será implementado rapidamente”, comentou o secretário de Educação, Fábio Vaz.
Caso seja aprovado e entre em vigor, o novo PCCR terá um impacto financeiro de R$ 150.538.392,58 anuais, sendo R$ 87.192.392,58 referentes à remuneração dos servidores efetivos ativos e mais R$ 63.346.000,00 para o pagamento dos inativos.
De acordo com a proposta, todos os professores efetivos da rede estadual serão beneficiados, incluindo os 3,7 mil novos concursados. Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), a reformulação do PCCR é uma conquista histórica, mas ainda há pautas a serem discutidas.
“Esse plano valoriza tanto os profissionais da ativa quanto os aposentados. Com a aprovação do PCCR, nossa luta avança com conquistas importantes, como o aumento dos índices das tabelas, a valorização dos professores normalistas, aposentados e uma maior amplitude na carreira”, destacou.
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Principais pontos do novo PCCR
Conforme o governo, o novo PCCR da Educação prevê aumentos progressivos da remuneração dos professores. As mudanças devem beneficiais aproximadamente de 4,6 mil professores efetivos, que passaram pelo estágio probatório. A proposta abrange também os 6.533 servidores inativos da educação aposentados por regime de paridade.
A amplitude remuneratória do Tocantins, que é o aumento salarial entre o início e o final da carreira docente, será a maior da região Norte e a quinta melhor do Brasil, de acordo com o governo.
Para os educadores da rede estadual em nível de Licenciatura, a amplitude do plano atual, que era de 43%, passará para 97%. No nível de Especialista, a amplitude será de 114%; e de 134% para os Mestres. No nível de Doutorado, o aumento saltará de 81% para 150%.
A nova tabela deve ser unificada e organizada conforme a titulação do docente, distribuída em 11 referências horizontais. Essa mudança tornará mais fácil para o servidor identificar sua posição na carreira.
Os profissionais especialistas, por exemplo, que estão atualmente em estágio probatório, representados na tabela como II – B e recebendo R$ 5.885,28, ao final do período legal para a efetivação, passarão a ganhar R$ 7.945,54.
Já o professor normalista (Prono) doutor, que se encontra na letra H, com remuneração de R$ 8.839,57, passará a receber R$ 11.014,77.
Pela proposta, os concursados da Educação Básica com doutorado chegarão ao final da tabela, na letra K, recebendo R$ 14.992,86.
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