STF tem maioria para manter deputados do PL como réus por desvio de emendas

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter como réus dois deputados e um suplente do Partido Liberal (PL), acusados de organização criminosa e corrupção passiva em um suposto esquema de envio de emendas parlamentares.

Os políticos envolvidos são Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE), este último na condição de suplente.

Relator do caso, o ministro Cristiano Zanin afirmou que as defesas não conseguiram desmontar os indícios apresentados, permitindo a continuidade da ação penal.

O entendimento do relator foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Após se tornarem réus, os políticos deverão responder a um processo judicial, que decidirá se eles serão condenados ou absolvidos.

Em caso de condenação, a pena será debatida na Primeira Turma.

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), aceita pelo STF, Josimar Maranhãonzinho era o líder da suposta organização criminosa, responsável pelo controle e pela destinação das emendas.

As investigações começaram em 2020, quando o então prefeito de São José do Ribamar (MA), Eudes Sampaio, decidiu denunciar uma cobrança de 25% sobre o valor de emendas destinadas ao município para a área de saúde.

O relatório da Polícia Federal (PF) contra os políticos por suposta “comercialização” do repasse de emendas parlamentares apontou que houve ameaças a prefeitos do interior do Maranhão e que o esquema ocorre há pelo menos cinco anos com dinheiro público.

Este conteúdo foi originalmente publicado em STF tem maioria para manter deputados do PL como réus por desvio de emendas no site CNN Brasil.

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