
O Paraná é líder nacional em doações de órgãos pelo segundo ano consecutivo. Com 42,3 doadores por cada um milhão de moradores,o estado atinge mais que o dobro da média nacional, de 19,2 doadores. O Paraná também lidera o indicador de doadores de órgãos que foram efetivamente transplantados.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10), pelo Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) e divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). O Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, ressaltou as medidas que são tomadas para alcançar esse resultado.
O médico David Bastos, deu mais detalhes sobre os cuidados com o órgão, até chegar no destino.
No Brasil, a decisão de doar órgãos após a confirmação da morte encefálica depende da autorização da família. Mesmo quando o desejo de ser doador foi registrado em vida, a palavra final cabe aos familiares.
No Paraná, essa abordagem se mostrou mais eficaz, com o Estado registrando a menor taxa de recusa familiar do País, com apenas 28%, frente à média nacional de 46%. Moradora de Pato Branco, no Sudoeste do estado, Márcia Soeli Pereira, perdeu um filho de 37 anos, há oito meses, vítima de um aneurisma cerebral.
Os órgãos do rapaz foram doados.
Em números absolutos foram 500 doadores efetivos, que resultaram em 903 transplantes de órgãos e 1.248 transplantes de córneas.
Com isso, o Paraná também atingiu o segundo lugar como estado com maior número de transplantes de órgãos pmp (por milhão de população) com doadores vivos e falecidos, numa taxa de 76,4 pmp para doadores vivos e 70,9 pmp para doadores falecidos.
Reportagem: Elis Paes com supervisão de Marlon Santiago