Noboa descarta denúncias e consolida aliança conservadora na América Latina

Daniel Noboa obteve 55% por cento dos votos para a Presidência do Peru. Cerca de dez pontos percentuais à frente da adversária, Luisa González, de esquerda.

González, entretanto, não reconheceu o resultado e pediu a recontagem dos votos que levou à reeleição do adversário.

Apesar da manobra da oposição, integrantes do próprio partido de González reconheceram a vitória de Noboa. Assim como dezenas de chefes de Estado. Entre eles, Donald Trump, que parabenizou o presidente do Equador e afirmou que ele será “um grande líder para o povo equatoriano”.

Noboa tem 37 anos e está na presidência do Equador desde o fim de 2023, quando também venceu González na disputa por um mandato tampão.

Desde que assumiu, o líder conservador acumula críticas por corroer as bases constitucionais do país. Noboa ignorou uma lei que exigiria que ele renunciasse ao cargo 30 dias antes do primeiro turno e ordenou uma operação policial na embaixada do México — quebrando a inviolabilidade diplomática — para prender o ex-vice-presidente, Jorge Glas.

A reeleição de Noboa fortalece a aliança de líderes conservadores na América Latina, que também conta com Nayib Bukele, de El Salvador; e Javier Milei, na Argentina.

Nesta segunda-feira (14), enquanto Noboa exaltava a própria reeleição, em Buenos Aires Javier Milei celebrava o primeiro dia sem restrições para a compra de dólares para os consumidores argentinos. A decisão contribui pro fim do mercado paralelo da moeda americana, mas derrubou o valor do peso argentino, aumentando a pressão inflacionária do país.

O dólar fechou o dia vendido a 1285 pesos. Uma alta de 12% em apenas um dia.

A flexibilização do câmbio permite uma banda de variação que vai de 1000 a 1400 pesos para cada dólar e faz parte do acordo da Argentina com o Fundo Monetário Internacional, que emprestou mais US$ 20 bilhões de dólares para a capitalização do Banco Central.

Milei chegou, inclusive, a classificar a flexibilização do câmbio como um “direito” dos argentinos e disse que o país aposta no equilíbrio fiscal e na liquidez da autoridade monetária para combater a inflação na economia argentina.

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