O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, celebrou nesta terça-feira (15) a redução do desemprego em fevereiro de 2025 e o dado de que 40% dos cargos foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família.
Dias reiterou que conquistar uma carteira assinada não é motivo, por si só, para que os cadastrados deixem de receber o benefício.
“Quando alguém assina a carteira de trabalho, isso não é motivo — por si só — para cancelar o benefício. Na verdade, o objetivo é alcançar a superação da pobreza”, disse em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”.
Historicamente, o Bolsa Família sempre considerou a renda familiar per capita como critério principal para elegibilidade, independentemente do tipo de vínculo empregatício dos membros da família. Portanto, trabalhar formalmente nunca foi, por si só, um impedimento para receber o benefício.
O critério é que a renda por pessoa dentro de uma família não seja maior que R$ 218,00. Isso significa que em uma família de quatro pessoas, por exemplo, a renda total da família teria de ser menor que R$ 872 para continuar recebendo o benefício.
Segundo o ministro, hoje há cerca de 7 milhões de pessoas que trabalham e recebem o Bolsa Família. Sendo 4 milhões que recebem o benefício integralmente e 3 milhões que recebem somente metade do valor da bolsa.
Isso porque desde junho de 2023, foi implementada a “regra de proteção”, que permite que famílias que aumentaram sua renda para até meio salário-mínimo por pessoa (R$ 759) continuem recebendo 50% do valor do Bolsa Família por até 24 meses. Se a renda voltar a cair abaixo do limite, o benefício integral pode ser retomado.
Nesta semana, o ministério divulgou os dados de fevereiro sobre desemprego no Brasil. O saldo foi positivo, com 431.995 empregos gerados no mês. Quase 40% desses novos cargos foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família.
Em 2023, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) implementou novas regras para o programa. O valor hoje é de R$ 600 por família, mais R$ 150 por criança de até 6 anos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ter carteira assinada não impede acesso ao Bolsa Família, diz ministro no site CNN Brasil.