O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou nesta quinta-feira (17) que vai encerrar a greve de fome. Ele está há oito dias ingerindo apenas soro, isotônico e água, em protesto contra a cassação de seu mandato, aprovado na última semana pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
A decisão ocorre após acordo firmado em reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos- PB). O acordo foi feito pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Segundo a assessoria do PSOL, ao longo da greve, o deputado perdeu quase cinco quilos.
Além de Glauber, estiveram presentes na reunião a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e líderes do PT e do PSOL na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) e Talíria Petrone (RJ). A deputada federal e companheira de Glauber, Sâmia Bomfim (PSOL-SP), também participou do encontro.
Acordo
Nesta quinta, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que, após a deliberação do recurso contra a cassação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, dará um prazo de 60 dias até que o caso seja pautado no plenário.
“Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, afirmou Hugo em publicação no X (ex-Twitter).
A líder do PSOL, Talíria Petrone, afirmou que o acordo foi firmado após “pressão dos movimentos sociais e de quem luga pela democracia”. “Que consigamos ter uma saída definitiva que não rompa com o princípio da proporcionalidade e que garanta o óbvio: que o nosso deputado Galuber siga representando o povo que o elegeu”, escreveu.
Greve de fome
O deputado protesta contra a decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados de aprovar um parecer que pede a cassação de seu mandato.
Glauber é acusado de empurrar e expulsar um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional durante uma confusão em 2024. Na ocasião, o parlamentar chegou a chutar o homem.
Conforme as regras internas, Glauber tem até o dia 22 de abril para apresentar um recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra a decisão do Conselho. Se o recurso for rejeitado pela CCJ, o processo deverá ser analisado pelo plenário. A representação precisa receber ao menos 257 votos para que a cassação seja aprovada.
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